O Backa Topola, que os minhotos vão defrontar na terceira pré-eliminatória da Champions, é analisado por Drulovic. Em 2018/19, a equipa sérvia foi campeã da II Liga, em 2020/21 foi afastada pelo Steaua Bucareste na 2.ª pré-eliminatória da Liga Europa e na época passada ficou em segundo lugar no campeonato.
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O sorteio ontem realizado na sede da UEFA, em Nyon, na Suíça, ditou que o Braga vai defrontar os sérvios do TSC Backa Topola, na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. A equipa que, em 2022/23, foi segunda classificada na liga sérvia vai estrear-se na principal prova da UEFA, depois de em 2020/21 ter participado nas eliminatórias da Liga Europa.
Drulovic, treinador-adjunto da seleção da Sérvia, considera o Braga "favorito" na etapa em que, perante o terceiro adversário sérvio do percurso europeu - venceu duas vezes o Partizan e contra o Estrela Vermelha ganhou uma, empatou três e perdeu outra - tentará chegar ao play-off da Liga dos Campeões, a prova milionária da UEFA na qual esteve na fase de grupos em 2012/13. "O Backa Topola ficou em segundo lugar na época passada com todo o mérito. Tem uma equipa que é boa na transição, procura e sabe jogar, não defende apenas. Não é daquelas de jogar com autocarro atrás", conta o antigo jogador, que em Portugal representou Gil Vicente, FC Porto, Benfica e Penafiel, onde terminou a carreira, em 2004/05.
Drulovic acrescenta que a formação de Zarko Lazetic, ex-avançado sérvio, "é talentosa", mas por ser a primeira vez que entra numa qualificação da Champions "falta-lhe a experiência do Braga." "O Backa Topola vai fazer tudo para dificultar a vida ao Braga, que está muito mais habituado a estas andanças e, por isso, é favorito absoluto, especialmente pela qualidade dos seus jogadores, e pelo que tem feito nas últimas épocas", sustenta.
O antigo extremo defende que, mesmo com a vantagem "de ter muita experiência a nível europeu, não pode facilitar nem menosprezar um adversário valioso, como provou na época passada." "Tem de levar a eliminatória a sério, porque senão terá problemas", avisa, considerando que "não tem qualquer significado" jogar a primeira mão em casa, a 8 ou 9 de agosto. "Se fizer um bom resultado em Braga será melhor, mas também tem condições de ganhar aqui na Sérvia, porque o estádio é muito bom e não tem muita pressão do público", garante Drulovic, em jeito de remate.
Governo húngaro é parte interessada
O TSC Backa Topola é, segundo Ljubinko Drulovic, "um clube com muito boas condições, as melhores da Sérvia." Tem, por exemplo, um estádio novo, inaugurado em setembro de 2021, com capacidade para 4500 espectadores. "Não é muito grande, mas é bonito", descreve Drulovic, acrescentando que "foi construído com a ajuda do governo húngaro." "Há muitos húngaros que vivem naquela região do país e o complexo desportivo tem grandes condições, com uma academia fantástica", a qual, com o suporte do governo liderado por Viktor Órban, custou cerca de 30 milhões de euros. "É um clube com um projeto sólido, que fez um grande investimento nos últimos anos, paga bem e há muitos jogadores que querem jogar lá", revela o antigo extremo.
O agora técnico que continuará na seleção da Sérvia até, pelo menos, ao Europeu da Alemanha, no próximo ano, especifica que da equipa de Lazetic "saíram dois jogadores importantes", referindo-se a Ratkov, avançado que fez 14 golos em 40 jogos e foi vendido ao Salzburgo, da Áustria, por 4,5 milhões de euros, e a Luka Ilic, médio que regressou ao Troyes, após o empréstimo na época passada, na qual "assumiu o papel principal, com qualidade de passe e golos."
Do plantel para esta época, Drulovic destaca três jogadores. "O Dakovac é, na minha opinião, um dos melhores jogadores da liga da Sérvia. Trabalha muito para a equipa, tem pulmão, muita força e energia e dá dinâmica ao jogo. O Stojkovic é um lateral/médio ala direito que foi pretendido pelo Partizan e pelo Estrela Vermelha. É muito rápido e ofensivo, tem também muita influência no rendimento da equipa. E Jovanovic, que tanto pode jogar a segundo ponta-de-lança como a extremo. Não é muito alto, mas é tecnicista, móvel e perigoso", analisa.