A lista A, que tinha como mandatário o presidente demissionário, alcançou perto de 7 000 votos, mais do dobro da lista B. No final, imperou o fair-play, com um abraço a selar uma campanha polémica.
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Avelino Dias da Silva é o novo presidente do Gil Vicente. Aos 68 anos de idade, o irmão do antecessor, Francisco Dias, que se demitiu no final do ano passado, de forma repentina, por motivos pessoais, foi eleito ontem com cerca de 70% dos votos, contra o opositor, o antigo jogador do clube de Barcelos, Hugo Vieira, de 35 anos.
Numa participação histórica, com mais de 1500 votantes, a lista A obteve 6 907 votos contra 3 067 da B. Em março do ano passado, na reeleição de Francisco Dias, em lista única, foram registados apenas 2238 votos. No final, antes de Avelino assumir publicamente a vitória, perante as largas dezenas de sócios que esperavam pelos resultados à porta do Estádio Cidade de Barcelos, local onde decorreu o sufrágio, foi Hugo Vieira a falar
“Vou aproveitar a sabedoria do meu irmão, que fez um grande trabalho, e tentar estar à altura do que ele fez”
Assumindo a derrota, cerca de hora e meia depois do fecho das urnas, por volta das 21h30, o candidato da lista B destacou o lado positivo das eleições: “Quero agradecer a esta equipa fantástica que tenho comigo. Saiu um grande vitorioso hoje, que foi o nosso Gil Vicente. Acho que foi incrível o que aconteceu hoje aqui na cidade. Conseguimos uma mobilização gigantesca. Dar os parabéns ao Sr. Avelino, que é o presidente de todos nós, de todos os gilistas. Agradecer aos sócios que votaram em nós. Foi um milagre o que fizemos em três semanas, termos os votos que tivemos, esta mobilização foi incrível”.
Depois do abraço que fez questão de dar ao novo líder, antes de serem divulgados os resultados oficiais, Avelino Dias da Silva mostrou-se “muito feliz e com muita vontade de trabalhar e aproveitar a sabedoria do meu irmão, o presidente cessante, que fez um grande trabalho. Vou tentar estar à altura do que ele fez”, atirou. Acrescentando, por outro lado, que quer agora “todos a puxar pelo mesmo lado. Não queremos divisão, somos todos gilistas”, concluiu.