Avançado de volta ao Benfica onde é visto como fardo pesado

A indefinição em torno das consequências que a pandemia irá ainda provocar no mundo do futebol, para além da paragem competitiva, ajuda a explicar a decisão do Espanhol de não querer acionar a opção de compra estabelecida no contrato de empréstimo de Facundo Ferreyra, avançado cedido pelo Benfica a meio da última época ao emblema catalão.

A elevada fatia salarial anexa à possível contratação do jogador é um argumento importante, mas a componente desportiva também tem influência numa decisão que, segundo O JOGO apurou, já foi comunicada ao dianteiro de 29 anos, que assim terá de regressar à Luz, onde será um fardo para Luís Filipe Vieira tentar resolver.

O Espanhol pagou cerca de três milhões de euros pelo empréstimo, valor que corresponde quase na totalidade ao seu bolo salarial, tendo o reforço contribuído esta época com oito golos e mais um na última meia temporada.

Citação citacao Espanhol não vai comprar o seu passe. Regressa à Luz, onde está fora das contas de Lage

Com a chegada de Raúl de Tomás, contratado precisamente ao Benfica por 20 milhões de euros, Ferreyra perdeu espaço e, numa altura em que os clubes reequacionam os seus investimentos, os dirigentes do clube catalão não equacionam pagar os oito milhões definidos como opção de compra.

Deste modo, o avançado irá regressar à Luz na próxima época, considerando o próprio jogador, segundo apurámos, que não entrará nas contas de Bruno Lage, embora tenha de dar entrada no plantel até que se resolva a sua situação.

E, neste particular, Ferreyra ficará desde logo no topo da pirâmide salarial das águias, onde estão atualmente jogadores como Weigl e Rúben Dias, os quais auferem entre dois e 2,5 milhões de euros. O argentino, que chegou livre mas com um custo de quatro milhões de euros, ganha 1,9 milhões de euros brutos e ainda um prémio de fidelidade anual de dois milhões, o que atira o rendimento para cerca de 2,2 milhões líquidos por temporada.