Resultados da auditoria forense
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Uma análise aprofundada de 55 jogadores transacionados pelo FC Porto nas cinco temporadas referidas revela que 51 das transferências auditadas não dispunham de documentação de suporte, como relatórios de scouting ou justificações para contratação. 41 apresentaram comissões acima dos referenciais FIFA e/ou dos standards de mercado.
Foram também identificados pagamentos de comissões pendentes relativos a 23 jogadores, representando obrigações financeiras críticas para um total em incumprimento de 15,8M€.
Para "combater" estes problemas detetados, a atual administração tomou as seguintes medidas quando tomou posse:
Limite às comissões em transferências: Limite máximo para comissões estabelecido, tendo como objetivo alinhar com os referenciais FIFA e/ou com os tandards de mercado (3% do salário bruto e 10% do valor de transação). Limite implementado com sucesso na janela de verão 2024/25, resultando numa redução significativa dos custos de intermediação (3% do valor transacionado vs. 11% média das últimas 10 épocas).
Renegociação de mandatos de exclusividade: Análise e renegociação de mandatos firmados no passado e que restringem o potencial de mercado. Processo focado na redução de custos e no aumento de valor dos ativos.
Grupo de trabalho multidisciplinar: Formação de uma equipa dedicada para gestão estruturada das transferências, garantindo a consistência técnica e a viabilidade financeira das respetivas decisões.
Transparência relativa às comissões: Publicação de informações relativas às comissões no Portal da Transparência, reforçando o compromisso com a boa governança e a transparência.