Auditoria confirma posição financeira débil da SAD do Vitória: gastos quase duplicaram
Para este agravamento concorreu, também, "o aumento significativo" das remunerações dos jogadores
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A auditoria às contas da SAD do Vitória, apresentada esta sexta-feira aos sócios sinalizou uma série de fragilidades estruturais e propõe recomendações tendentes à profissionalização, em particular à dos diretores que reportam à Direção e o desenvolvimento de quadros especializados em áreas estratégicas como por exemplo imobiliário; marketing; comunicação, financeira, scouting e futebol. Esta análise sistematizada à gestão entre julho de 2018 a março de 2022, não só confirmou a posição financeira débil da SAD, como identificou "um crescimento insustentável" dos custos com pessoal, que "passaram de uma percentagem de 90% para 174%".
Para este agravamento concorreu, também, "o aumento significativo" das remunerações dos jogadores, passando de 5,7 milhões de euros para 12,7 milhões de euros. Cenário que sustenta a política de contenção salarial proposta por António Miguel Cardoso, quando assumiu a liderança da SAD, há cerca de um ano.
O cenário económico-financeiro não se apresenta risonho, já que há evidência de problemas de tesouraria, que, aliás, travaram o pagamento de dois valores a agentes. Por outro, a inexistência de procedimentos de controlo interno detalhados e formalizados constitui outra das fraquezas organizacionais, não assegurando a identificação dos principais riscos de negócio, operacionais e financeiros, nem as respetivas atividades de mitigação.
O fluxos de entradas financeiras encontram-se muito dependentes das receitas provenientes dos direitos televisivos (em média 57% das VPS nos últimos três períodos).
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