Poupados com o Paços de Ferreira, para a Taça da Liga, Marega e Taremi devem ser titulares no encontro com os madeirenses para melhorar rotinas e "aquecer" para o clássico com o Benfica
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O FC Porto parte para o jogo com o Nacional com um incentivo extra. Caso não fiquem em branco, os dragões chegarão ao jogo 50 sempre a marcar na condição de visitados para o campeonato.
Portistas enfrentam o Nacional com a mira apontada a um registo assinalável de jogos seguidos sempre a faturar
Uma série de registo, não só por ser a quarta melhor de sempre na história do clube, mas também por poderem ficar, depois, a apenas um da terceira sequência mais longa, alcançada entre os anos de 1961 e 1966. Melhor mesmo, só as séries de 95 partidas sempre a marcar em casa entre 1934 e 1946 (nas primeiras edições da prova) e os 74 jogos entre 2008 e 2014. Esta série, de resto, constitui a melhor marca desde que o Estádio do Dragão foi inaugurado, a 16 de novembro de 2003, num particular com o Barcelona (2-0), embora o primeiro jogo para o campeonato tenha acontecido apenas a 7 de fevereiro de 2004, contra o Leiria (2-1), com golos de Maniche e Maciel.
Marega foi o jogador do FC Porto que contribuiu com mais golos para esta série de 49 jogos a marcar no campeonato, no Dragão. O avançado marcou 22 golos, superando os números de Soares (18), Brahimi (12), Alex Telles (11) e Sérgio Oliveira (9). Amanhã prepara-se para voltar à titularidade, depois de ter ficado no banco contra o Paços de Ferreira, que garantiu o acesso à final four da Taça da Liga, e deverá fazer dupla com Taremi.
Os dois jogaram apenas por duas vezes juntos, mas com proveito evidente, assinando cinco dos seis golos apontados ao Tondela (campeonato e Taça). Conceição, que esteve algo renitente em juntá-los numa primeira fase da temporada, tem apreciado o entendimento de ambos e o encontro com o Nacional pode sirvir para os dois afinarem as rotinas e "aquecerem" para o encontro seguinte, com o Benfica, no qual está em discussão o primeiro troféu da época: a Supertaça Cândido de Oliveira.
Soares e Marega foi a dupla que Conceição mais usou nos últimos anos e acabou por render 56 golos em 101 jogos (à média de 0,55 por partida)
Os números não são ainda suficientemente expressivos para determinar se esta parceria poderá superar a que Marega e Soares formaram anos a fios, e que rendeu 56 golos em 101 jogos juntos (média de 0,55 por encontro). No entanto, a média atual (2,5) é, no mínimo, promissora e estimula Conceição a insistir na dupla em detrimento de outras que envolvam Evanilson ou Toni Martinez, os outros dois reforços que chegaram esta época para o sector mais adiantada, que durante o defeso viu partir Tiquinho (Tainjin Teda), Zé Luís (Lokomotiv Moscovo), Aboubakar (Besiktas) e Fábio Silva (Wolverhampton).
Voltando à sequência portista de 49 jogos em casa sempre a marcar, e comparando-a com o desempenho de equipas das dez principais ligas europeias, o FC Porto é quem está há mais jogos a faturar consecutivamente na condição de visitado. Salvo as devidas diferenças entre os campeonatos, a Juventus, de Cristiano Ronaldo, é a que mais se aproxima deste registo dos dragões, com 45 encontros sempre a picar o ponto em casa na Série A. Segue-se o Liverpool, com 41 partidas, o RB Salzburgo, com 26, e o Borússia Moenchengladbach, com 22.
Refira-se, a título de curiosidade, que entre os quatro primeiros classificados do campeonato, a atual série do Benfica é de nove confrontos a marcar na Luz, a do Sporting é de quatro e a do Braga de apenas três.
Dragões só ficaram a zero em 20 dos 269 jogos no novo estádio
Desde a primeira vez que jogou para o campeonato no Dragão, a 7 de fevereiro de 2004, diante do Leiria, o FC Porto soma 269 jogos em casa na principal competição do calendário nacional. Destes, apenas ficou em branco em 20 ocasiões. A temporada de 2008/09 foi a mais marcante nesse capítulo, com três nulos nas receções ao Sporting, ao Trofense e ao Marítimo.
O último guarda-redes a sair do Dragão sem sofrer golos , contudo, foi Bruno Varela, então ao serviço do Benfica. A proeza aconteceu a 1 de dezembro de 2017, num jogo que terminou 0-0. Seria, no entanto, a caminhada para o primeiro título de Sérgio Conceição.