Ataque à Academia adiou João Virgínia no Sporting: a história de um namoro antigo

João Virgínia prepara-se para se juntar ao plantel do Sporting - é esperado brevemente -, por empréstimo de uma época do Everton, num "abraço" que vem tornar realidade um enlace que pôde consumar-se bem antes, em 2018.

Isto porque, ao que O JOGO apurou, o nome do guarda-redes português esteve na mesa dos leões em maio desse ano, sendo visto como uma aposta interessante numa altura em que estava de saída do Arsenal.

O selar de um acordo ficou condicionado pelo ataque à Academia de Alcochete, a 15 de maio, que abalou a vida dos leões e travou todas as negociações entre os verde e brancos e o guardião.

De acordo com o que O JOGO apurou, nesse final de temporada de 2017/18, João Virgínia tinha caminho aberto para deixar o Arsenal ao fim de três épocas no clube que o acolheu após passagem pela formação do Benfica. No Sporting, o nome do guarda-redes, então com 18 anos, era visto como opção a olhar para o futuro, havendo para ele, em Alvalade, um projeto apontando a que pudesse vir a ser, em dois a três anos, o dono da baliz. Esse projeto caiu com os incidentes de Alcochete e nem a saída de Rui Patrício para o Wolverhampton reabriu o cenário que estava a ser conversado.

Europeu em 2018 dá nova rota
Na linha do tempo que leva João Virgínia do Ferreiras ao Sporting, com as etapas passadas pela formação de CD Portimão, Benfica e Arsenal, houve outra estação que confirmou o adiar definitivo da entrada do algarvio nos quadros leoninos. Em julho desse ano de 2018, Virgínia foi convocado por Hélio Sousa para a fase final do Europeu de sub-19, disputado na Finlândia. Suplente de Diogo Costa, viu-se lançado para o olho do furacão nas meias-finais, quando o colega se lesionou: jogou 33 minutos contra a Ucrânia e foi o titular na final contra a Itália, que Portugal venceria no prolongamento. O algarvio voltou para Inglaterra com a medalha e um contrato com o Everton, então orientado por Marco Silva, ao qual continua vinculado.