"Às vezes, estas pausas para as seleções são boas, mas connosco foi o contrário"
Petit, treinador do Boavista, fez a antevisão ao jogo da 28.ª jornada da Liga Bwin, em Famalicão, agendado para as 20h30 de sábado.
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Como está e com que regressos conta, após a paragem do campeonato? "Se o jogo fosse hoje, tínhamos aqui algumas ausências. O Reggie ainda não está connosco [era esperado esta manhã, mas está retido no aeroporto em Newark], temos alguns indisponíveis em termos disciplinares e depois, algumas lesões que tivemos. Às vezes, estas pausas são boas para recuperar jogadores, mas connosco foi o contrário. Dentro disso, vamos preparar uma equipa forte para entrar, amanhã, num jogo difícil, contra um adversário forte. Os onze que entrarem vão dar uma boa resposta. É claro que gostamos de ter o plantel todo disponível. Infelizmente, não o vamos ter e haverá que ajustar nalgumas posições, mas, será um onze forte."
Famalicão é trauma? "Não, é um adversário que respeitamos, que tem jogadores com qualidade, um coletivo forte, que joga numa estrutura parecida com a nossa. Estudámos bem o adversário, sabemos aquilo que podemos fazer, onde ferir, onde ele pode criar dificuldade e foi isso que trabalhámos nestes dias, para preparar bem o jogo. Mas, encaramos todos os jogos da mesma maneira, trabalhando da mesma forma, respeitando sempre o adversário, mas sempre com a mesma ambição e a mesma vontade de chegar a qualquer campo e trabalhar para conquistar os três pontos."
Uma defesa inventada (mais): "Não é inventada, porque ajustamos. Os jogadores trabalham connosco há algum tempo e, sempre que falamos para um defesa central, falo alto, para que o plantel todo possa ouvir e, se for chamado para aquela posição, minimamente, poder cumprir. É claro que toda a gente sabe que o Porozo está castigado, o Javi também, o Reggie ainda não chegou, poderá chegar amanhã, mas ainda não sabemos. Vamos ter de ajustar aqui. Não é fácil para o treinador trabalhar, durante a semana, porque não tem esses jogadores, mas nunca vou desculpar-me com ausências, mas concentrar-me nas soluções para preparar um onze forte, adaptar um ou outro jogador, mas, também dando a responsabilidade daquela posição e tentando, ensinando algumas coisas. Mas, vai entrar um onze forte a lutar pela vitória, é esse o nosso objetivo."
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Ainda sobre a pausa para as seleções: "As pausas umas vezes são positivas e outras são negativas. Neste caso, tivemos jogadores que foram para as seleções, outros que se lesionaram. Não tivemos o plantel todo disponível, tivemos de chamar muitos jogadores da formação, neste caso, dos juniores, que fizeram o treino com o Trofense - estamos em cima da formação.
Gostamos de ter um plantel com bastantes soluções, para o treino ser mais competitivo, e nestes 15 dias trabalhámos com um plantel curto, mas temos de nos adaptar à realidade do futebol e nós, treinadores, somos 'pagos' para arranjar soluções, para dar continuidade ao que estes jogadores têm de crescer, e é dentro disso. Vamos apresentar um onze que não foge muito da nossa ideia de jogo."
Sobre o Famalicão: "Mudou um pouco, adaptou os três centrais, os dois alas nos corredores, o João Teixeira a vir muito para dentro, depois o Bruno, o ponta-de-lança... tem ali dinâmicas diferentes. (...) É um adversário com boas dinâmicas, bons jogadores, mas, respeitando sempre, nós também temos de olhar para aquilo que temos feito no campeonato. Temos sido uma equipa competitiva, de quem os adversários têm algum receio, porque gostamos de meter intensidade no jogo com processos simples, chegamos muito rápido à baliza. Por isso, esperamos um jogo difícil, mas, sempre com a ambição de conquistar os três pontos."