Declarações do treinador do Sporting no final do triunfo frente ao Paços elucidativas de que a ausência do 22 não foi, como disse, por assumir uma dor na perna. Continuidade na base de tudo
Corpo do artigo
"O Mathieu ficou de fora porque, seja quem for, tem de seguir uma linha: não me interessa se é o Nuno Mendes ou o Mathieu. Começa uma nova semana, começa uma nova vida; não me interessa se vem do Barcelona ou da formação". Foi assim, e no final do Sporting-Paços de Ferreira, que Rúben Amorim comentou a ausência de Mathieu dos convocados para o jogo da 26.ª jornada, assegurando, ainda assim, que o central tinha revelado "uma dor na perna".
Sabe, contudo, O JOGO, que o francês estava a 100% fisicamente e que as palavras do treinador dos verdes e brancos se referem à postura que o jogador tem apresentado nos treinos. Amorim não olha a idades nem estatutos - o 22 é, a par de Coates, um dos capitães - e quer o mesmo compromisso e entrega de todos nas sessões, algo que, sente, não tem sido bem nivelado por parte de Mathieu em relação aos restantes companheiros.
Mais longe de Alvalade Por sua vez, o defesa sente-se, apurou o nosso jornal, pressionado a tomar já uma decisão sobre o seu futuro, algo que projeta apenas para perto do final da época, a meio de julho. É verdade que já assumiu a vontade de continuar a jogar mais uma temporada, dado os três meses que a suspensão do futebol pela pandemia "roubaram" aos profissionais, mas também é certo que poderá querer fazê-lo no seu país natal, mesmo que se sinta, com a mulher e os filhos, bastante confortável em Portugal. Mathieu sabe que o Sporting tem um contrato de renovação à sua espera, mas é essa mesma postura que, sabemos, tem incomodado o francês, que pretende sentir dos verdes e brancos compreensão, seja qual fora a sua decisão. Desde 2017 no Sporting, o defesa tem no currículo 105 jogos de leão ao peito, nos quais apontou nove golos. É, e o "tribunal" de Alvalade já o provou, um dos jogadores mais acarinhados entre os adeptos leoninos. Se decidir continuar mais uma época - em Portugal ou fora - retirar-se-á já com 37 primaveras.