
Ivan del Val/Global Imagens
No dia em que festeja 81 anos, O JOGO mostra-lhe por onde viajou o presidente portista. Os 700 mil quilómetros que fez quase davam para ir à Lua e voltar.
Pinto da Costa celebra esta sexta-feira 81 anos de uma vida em grande parte dedicada ao FC Porto e repleta de títulos. O líder com o mais longo mandato - o 14.º - à frente de um clube na história do futebol mundial deve ser também um dos cidadãos que mais milhas acumulou em viagens oficiais. O JOGO fez a recolha de todas as deslocações para jogos oficiais e ainda lhe acrescentou as visitas ao Canadá, Colômbia, Venezuela, Angola e Marrocos para lhe dar uma perspetiva diferente do que tem sido a presidência do aniversariante do dia.
Ao todo, são praticamente 700 mil quilómetros feitos ao estrangeiro em viagens de avião, com passagens por quase todos os continentes (falta a Oceânia). O número pode não impressionar muito dito assim, sem qualquer comparação, mas se dissermos que é suficiente para dar 17 voltas ao mundo já dá uma ideia do que Pinto da Costa "voou" e dos carimbos que foi acumulando no passaporte. Dava quase para ir à Lua - que dista 384 mil quilómetros da Terra - e voltar.
O presidente portista já visitou praticamente todos os países da Europa para jogos internacionais, mas também passou, por exemplo, por Marrocos, Canadá e Angola para visitar delegações do clube, ou pela Colômbia e Venezuela, para uma digressão de pré-temporada. Isto sem esquecer as duas viagens ao Japão para conquistar duas Taças Intercontinentais. Ao todo, são mais de 40 países.
No mapa que publicamos, percebe-se que a vizinha Espanha foi o país que mais vezes visitou (21) para jogos do FC Porto, seguindo-se Inglaterra (16) e Alemanha e França (13). De referir que houve visitas a cidades da Alemanha de Leste, antes da queda do Muro de Berlim, mas que foram contabilizadas todas como sendo na atual Alemanha. E o mesmo sobre os países da antiga URSS - as duas passagens pela Ucrânia foram antes 1991 - ou da Jugoslávia. O mapa só não é mais completo porque, por exemplo, Pinto da Costa não acompanhou a equipa na recente minidigressão ao México como também não foi a Macau e à Tailândia na pré-época de 1997.
No que diz respeito a cidades, Madrid e Londres estão empatadas, com oito presenças, seguidas de Atenas, onde esteve seis vezes, apesar de já lá não ir há quase 16 anos.
Olhando para os clubes, o Real Madrid foi com quem mais vezes se cruzou (5), logo seguido do Barcelona, Bayern Munique (uma das quais na final de Viena), Chelsea, Dínamo de Kiev e Milan, todos em quatro ocasiões.
No ano em que festeja os 81 anos, Pinto da Costa colocou um ponto final ao mais longo período sem troféus desde que assumiu a presidência do FC Porto. Em maio, voltou à Avenida dos Aliados para festejar o seu 21.º campeonato (dos 28 que o clube tem), mas também para um dos momentos mais altos da sua vida: receber a Medalha de Honra da Cidade do Porto das mãos de Rui Moreira.
Primeiro Utrecht, agora Roma
Tudo começou a 15 de setembro de 1982. O sorteio da Taça UEFA colocou o Utrecht no caminho do FC Porto e Pinto da Costa estreou-se, cinco meses depois de tomar posse, em deslocações oficiais com um triunfo por 1-0. António Sousa fez o golo. De lá para cá, o presidente portista soma mais 163 jogos a esse na Holanda. O próximo será em Roma, cidade onde o FC Porto carimbou a presença numa das finais, a de 2003, quando José Mourinho conduziu a equipa ao seu quarto título internacional.
A Liga dos Campeões é, aliás, a competição que mais tem feito Pinto da Costa fazer as malas: 116 vezes, para ser mais preciso, como se pode ver nas tabelas que publicamos.
O saldo internacional fora de casa ainda é negativo - são mais dez derrotas do que vitórias - mas isso não impediu o FC Porto de Pinto da Costa de conquistar sete títulos, mais do que todos os outros clubes portugueses juntos. A primeira final foi perdida para a Juventus em Basileia, mas depois o presidente portista foi feliz em Viena e de lá seguiu para Tóquio para uma das partidas mais marcantes da história do clube. Não só por ter permitido conquistar a primeira Taça Intercontinental, mas por ter sido disputada debaixo de um forte nevão. E 17 anos depois, Pinto da Costa fez a sua viagem mais longa (21 804 quilómetros de ida e volta), até Yokohama (Japão) para, uma vez mais, ver o FC Porto conquistar o Mundo. Em fevereiro, a viagem será mais curta: sete mil quilómetros até Roma para os oitavos da Champions.
