Artur Jorge: "Vemos pouca valorização naquilo que temos feito, são mais críticas"
Artur Jorge, treinador do Braga, fez a antevisão do jogo de segunda-feira (20h15) contra o Boavista, no Estádio do Bessa, e relativo à 23.ª jornada da I Liga
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Antevisão ao Boavista: “Queremos dar continuidade às duas vitórias que temos. Temos pela frente um adversário muito forte, que, quando joga em casa, é sempre difícil para o Braga. É uma equipa que tem qualidade, combativa, particularmente nos jogos em casa, daí as dificuldades que antevemos. O Boavista vem de uma derrota em Chaves e é uma equipa que é assente numa estrutura que passa muito por quatro defesas e acredito que possa alterar contra nós. É uma equipa combativa, com bons valores individuais, com um 11 muito forte. O Seba Pérez e o Makouta joga sempre, depois tem o Reisinho, o Agra, que tanto pode jogar à direita como à esquerda. Tem uma dinâmica interessante naquilo que é a mobilidade dos seus médios. Vai obrigar-nos a contrariar as dinâmicas do adversário e a igualar, pelo menos, o compromisso, a missão e a combatividade."
Desgate físico e psicológico: “A deslocação ao Azerbaijão tem impacto na condição física para maior disponibilidade de treino. Fizemos um trabalho forte para entramos na discussão da eliminatória, mas, na parte final, hipotecámos a continuidade numa prova onde gostávamos de estar. Temos de virar as atenções para o campeonato e para os 12 jogos que faltam na temporada.”
Eliminção surpreendente contra o Qarabag: “É uma eliminatória que podíamos ter passado, tendo em conta a qualidade do adversário. Se foi uma das piores eliminações da história do clube? Não.”
Bruma: “O Bruma tinha algum défice físico para fazer mais do que fez [contra o Qarabag]. Fez 30 minutos, depois tivemos de ir a prolongamento e fez mais mais 30 minutos, ou seja, jogou 60 minutos, o que é manifestamente muito para aquela que era a sua condição física. Estamos a tentar perceber qual é a sua capacidade de recuperação para decidirmos de que forma o podemos utilizar contra o Boavista.”
Ricardo Horta: “Tivemos momentos em que parecia que o Ricardo estava melhor, depois não estava. Não posso acrescentar muito mais. Só na hora do jogo é que podemos tirar conclusões em relação à utilização dele.”
Espiral negativa: “É uma aparente espiral negativa. Tivemos o nosso momento mais alto da época com a conquista de um troféu, depois ganhámos cinco jogos, empatámos um e perdemos dois, um para o campeonato e outro para a Liga Europa. Isto é um bloco de jogos que não é mau. Estamos é a vivenciar uma carga negativa de expectativas que têm condicionado e pesado muito na equipa. E temos dificuldade em sair dela, porque vemos pouca valorização naquilo que temos feito, são mais críticas.”