"Artur Jorge? Há o jogador, o treinador e o homem que deixou um legado muito importante"

Sobre Artur Jorge: "Devemos estar é gratos por tudo aquilo que o Artur Jorge fez enquanto jogador, enquanto treinador. E daí que hoje temos que estar alegres por todos os momentos que passámos juntos. Cruzámo-nos quando eu ainda era júnior do Anadia e ele do FC Porto. Depois da Associação Académica de Coimbra e do Benfica também. Por isso, foram momentos que não esqueceremos e naturalmente há ainda uma outra faceta que possa estar mais escondida. O Artur Jorge era um homem de causas. Foi talvez aí que ele deixou a sua marca. Se hoje há um sindicato forte, o Sindicato dos jogadores, naquela altura, em 72, não é em 75, foi ele que possibilitou a capacidade da criação do sindicato e devolver a dignidade aos jogadores. Para além da sensibilidade que o Artur Jorge tinha. Era um homem que gostava de arte. Há o jogador, há o treinador e há o homem que deixou um legado muito importante."

Não dava nas vistas: "Era uma morte anunciada. Mas as mortes anunciadas deixam marcas. A parte do treinador deixou o legado de ser o primeiro treinador português a conquistar uma competição europeia. Depois há o lado humano. O Artur Jorge era low profile. Raramente o viu depois da glória que teve. Mas hoje teve aqui muitos daqueles que o acompanharam ao longo da sua carreira."