Artur Jorge e o sistema tático: "Não andamos a reboque, temos ideias próprias"

Sobre o Portimonense: “É importante voltar a ganhar, tentando juntar as boas exibições aos  resultados. Ganhar será determinante para perseguirmos os nossos objetivos. O Portimonense é uma das boas equipas da nossa Liga, com o Paulo Sérgio à frente da equipa há uma série de anos e que tem uma ideia de jogo muito própria, assente na visão do treinador. É uma equipa que está numa posição estável, dentro das suas expectativas para o campeonato, que defende bem e que tem transições fortes, com três homens na frente móveis e que têm características de alas. Será um Portimonense à espera do erro para fazer mossa”.

Menos dois pontos do que em 2022/23: “Temos mais jogos do que na mesma altura da época passada, fruto de termos feito os quatro jogos do play-off da Liga dos Campeões, com quatro vitórias nossas, mas em termos de campeonato temos menos dois pontos. Procuraremos corrigir isso rapidamente para estarmos dentro daquilo que perspetivamos. Face à densidade competitiva e à exigência dos jogos, levou a que um ou outro não tenha sido tão conseguido em termos de resultado. E nós vivemos de resultados, eu particularmente”.

André Horta vai chegar ao jogo 300: “Amanhã vamos ter oportunidade de anunciar o onze, não vou divulgar hoje”.

Mudança de sistema tático: “Pode ser uma possibilidade na rentabilização do plantel ou até pelo momento dos jogadores, mas não andamos a reboque das outras equipas [como o Benfica, que mudou de sistema no último jogo]. Temos ideias muito próprias, o que às vezes proporciona alterações e isso já aconteceu connosco [alterações], não digo uma linha [defensiva] de quatro ou cinco jogadores, mas dois ou três médios, ou jogarmos com dois jogadores na frente. Há dois aspetos fundamentais: o momento dos jogadores, que podem reclamar lugar dentro da posição e às vezes tentámos o encaixe desses dois jogadores, e depois a forma como olhamos para jogo e para o adversário. Poder haver alterações pontuais numa primeira fase e depois serem uma continuidade. Construímos o plantel para termos uma estrutura para ter dinâmicas mais ajustáveis”.

Foco no Portimonense: “Temos dois jogos importantíssimos para a Liga antes da paragem para as seleções, contra o Portimonense e em Arouca, e, no meio, temos um Real Madrid, mas o nosso foco está direcionado para o jogo de amanhã, porque precisamos de entrar novamente no caminho das vitórias no campeonato”.

Penáltis cometidos contra Gil Vicente e Casa Pia: “Não houve falta de concentração defensiva, até porque são dois casos antagónicos e incomparáveis. O penálti do Siou [Niakaté], em Barcelos, é um erro individual, já o lance da grande penalidade do Paulo Oliveira, a haver um toque, é completamente involuntário. O Paulo nem está a olhar para o adversário. Não foi um erro individual ou falta de concentração. Não há nada a apontar ao jogador, é um movimento involuntário”.