Artur Jorge: "A intranquilidade tem mais a ver com personalidade do que com maturidade ou a idade"
Declarações de Artur Jorge na antevisão do Braga-Farense, jogo da 22ª jornada da I Liga
Corpo do artigo
Ricardo Horta em dúvida: “Hoje estivemos com o departamento médico para avaliar e perceber a situação do Ricardo [Horta]. Ele hoje já foi o campo. Até à hora do jogo ainda temos mais 24 horas para perceber e tomar uma decisão em função da necessidade que a equipa tem em contar com o Ricardo, mas também de tê-lo não só neste jogo como no futuro. Não queremos que esta utilização [contra o Farense] comprometa o Ricardo daqui para a frente”
Ricardo Horta pode jogar?
Futuro incerto no clube: “Estou bem disposto, porque estou a fazer aquilo que gosto e amanhã tenho oportunidade de competir. É isso que quero, juntamente com os meus jogadores, para irmos em busca de uma vitória”
Voz dos jogadores mais experientes: “A experiência [de alguns jogadores] pode ser fundamental nesta altura em que há alguma instabilidade emocional. Estas fases acontecem e temos de fazer com que durem pouco tempo”
Instabilidade da equipa: “A intranquilidade não se justifica com a maturidade. Em sentido contrário posso falar do Víctor Gómez, Niakaté, Vítor Carvalho, Rodrigo Zalazar, Abel Ruiz ou Álvaro Djaló. Não justifica que possa haver algum desequilíbrio. Emocional. O desempenho que o Abel Ruiz teve no mês de janeiro, enquanto não esteve cá o Banza, não é por falta de qualidade, é porque emocionalmente estava perturbado ou as coisas estavam mais instáveis para ele, porque é um jogador que tem muita mais qualidade do que deu em janeiro, mês em que alinhou nos jogos todos. E nessa altura não havia a sombra do Banza. A intranquilidade tem mais a ver com personalidade do que com maturidade ou a idade. Posso ter um jogador de 40 anos que pode acusar também intranquilidade ou instabilidade. Para podermos perceber o porquê de um desacelerar tão grande daquilo que é o desempenho da equipa do início para agora. Os maus resultados causam mossa e causam desconforto, e depois é preciso duas vitórias boas para que possamos voltar a ser aquilo que fomos. A equipa não mudou nada, os jogadores são os mesmos, o treinador também”
Saídas no mercado de inverno: “Não posso estar a olhar para trás e para aquilo que é o mercado. Já tivemos oportunidade de falar sobre o mercado, não só eu, mas também o presidente, porque estas decisões são tomadas em sintonia ou, pelo menos, de uma forma coordenada. O foco é olhar para a frente e pensar no Farense. Não temos de andar à procura de alguma coisa que justifique o que quer que seja."
Desinvestimento do plantel: “Não é uma decisão apenas e só do meu presidente. O que se faz aqui é feito em função de uma ideia comum e depois há um decisor final, o presidente, mas faço parte dessas questões. Incluo-me nas decisões. Sobre investimento ou desinvestimento, o importante é perceber o contexto e avaliar a envolvência em que nós estamos ou de encontrar minimamente alguma escapatória, pelo facto de termos tirado mais gente do que ter entrado. Isso não pode justificar os resultados que procuramos”
Faltou contratar um ponta-de-lança: “Se fosse hoje e na altura [queria contratar um ponta-de-lança] Pronto, demorou algum tempo a perceberem... Não veio porque não conseguimos chegar a quem queríamos, só isso.
Mensagem de agradecimento: “Quero agradecer as inúmeras mensagens de adeptos, sócios que, se calhar, também me contestaram no estádio, mas de cabeça fria enviaram-me mensagens de apoio. Estou grato e com energia renovada. Eu e os meus jogadores vamos lutar até ao fim pelo Braga.”