Ataque vai mexer e para chegar um novo 9 será um reforço desta época a ceder a vaga e a garantir o investimento
Corpo do artigo
Arthur Cabral ainda agora chegou ao Benfica e já está no fim da linha. Os planos de reforço do plantel para a próxima temporada incluem, segundo O JOGO apurou, a contratação de um ponta-de-lança que tenha características diferentes e um nível de eficácia elevado, o que significa que, pelo que está decidido, será o brasileiro contratado na última época à Fiorentina a receber guia de marcha.
Dirigentes encarnados vão tentar minimizar as perdas com a venda do ponta-de-lança que significou um investimento de 20 milhões de euros. Saída por empréstimo não está prevista nesta altura.
Com 43 jogos no currículo da época e apenas 11 golos, Arthur Cabral não atingiu os níveis exibicionais e de rendimento que eram esperados pelos responsáveis benfiquistas, não tendo apresentado atributos que se enquadrem com a forma de jogar pretendida por Roger Schmidt. Apesar de internamente também ser responsabilizada a inconstância do treinador na aposta no brasileiro a titular, a avaliação da temporada aponta para que não tenha preenchido os requisitos esperados.
A falta de eficácia foi uma das grandes lacunas da época benfiquista, como o próprio Roger Schmidt não se cansou de afirmar aos quatro ventos e Arthur Cabral acaba por ser o elo mais fraco nas contas finais. Sobretudo porque Tengstedt, mesmo revelando pouca apetência para o golo - fez quatro em 1348 minutos -, apresenta argumentos de pressão e ataque à profundidade valorizados pelo técnico, enquanto Marcos Leonardo, o reforço de janeiro, marcou sete em apenas 470 minutos.
Em 56 jogos realizados pelo Benfica, Arthur Cabral alinhou em 43, mas apenas 19 de início. Nos 1962 minutos em campo, faturou por 11 vezes e ainda fez três passes para golo
Embora tenha defendido que também Darwin e Gonçalo Ramos não foram produtivos na primeira época, Rui Costa salientou que “não é normal numa equipa como o Benfica o ponta-de-lança não ultrapassar os dez golos numa temporada”, afirmou na entrevista que concedeu anteontem. E o presidente das águias assegurou ainda que “a equipa será reforçada meticulosamente para ser mais forte do que aquilo que foi neste ano”. E a venda de Arthur Cabral, que a SAD está já a tentar agilizar - recusando nesta fase abordagens para um empréstimo -, servirá para financiar a vinda de um camisola 9 com outras valências, sobretudo ao nível da capacidade de pressão, desmarcação e... eficácia.
Tengstedt não é prioritário
Se a saída de Arthur Cabral é o plano prioritário, já a situação de Tengstedt não tem o mesmo rótulo, embora a continuidade do dinamarquês não seja um dado adquirido. Contratado em janeiro do ano passado, num investimento total de dez milhões de euros, o dianteiro de 23 anos fez quatro golos em 35 jogos na época e meia de águia ao peito. Porém, Roger Schmidt considera que é um elemento útil e, até ao momento, os planos da SAD apontam apenas para a viabilização de investimento em apenas um novo ponta-de-lança.