Arouca: plantel à porta, o pedido de insolvência que não avançou e eleições suspensas antes de se falar na reintegração
Clube arouquense viveu, e ainda vive, dias conturbados, após a descida de divisão no relvado.
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O Académico de Viseu foi excluído por três anos das competições profissionais, por falsas declarações sobre a inexistência de dívidas a jogadores em 2017/18, decidiu o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O CD identifica o Arouca como parte contrainteressada no processo, por ser a equipa mais bem classificada nos lugares de descida da edição 2018/19 da II Liga - 16.º e antepenúltimo classificado -, enquanto os viseenses terminaram no 11.º posto.
Em causa está a declaração de não dívida apresentada na candidatura ao licenciamento para a época 2018/19, devido a alegados atrasos no pagamento a três futebolistas, dois dos quais dizem ter acordado verbalmente esta situação e um outro que assegura ter recebido em numerário.
Ora, o clube arouquense já foi notificado e garante estar pronto para ser reintegrado na II Liga. Não deixa ser curioso verificar que o Arouca viveu momentos muito conturbados logo após ter sido consumado a descida de divisão no relvado, na última jornada da II Liga. No dia 21 de maio, dois dias depois da derrota com a Oliveirense, O JOGO informou que o clube ia partir para a o pedido de insolvência e que jogadores tinham ficado à porta, quando se apresentavam para o treino. No que toca ao pedido de insolvência, o clube não ativou o PER e está a chegar a acordo para rescisões amigáveis com jogadores.
"O Sindicato dos Jogadores continuará a acompanhar esta situação de perto, apelando ao bom senso da administração do Futebol Clube de Arouca - Futebol, SDUQ, Lda, não só permitindo aos jogadores acesso ao seu local de trabalho, como definindo, em diálogo com estes profissionais, a resolução dos demais problemas atualmente existentes", reagiu o Sindicato dos Jogadores em comunicado.
Além disso, as eleições para o clube foram suspensas, depois de a lista A, liderada por António Matos, ter avançado com um procedimento cautelar na sequência da não aceitação da lista para o sufrágio por irregularidades na quotização de cinco sócios integrantes. A lista B é encabeçada pelo presidente demissionário, Carlos Pinho.
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