Armando Evangelista: "No único posicionamento defensivo incorreto, o FC Porto aproveitou"
Declarações de Armando Evangelista, treinador do Arouca, após a derrota com o FC Porto (1-0), na partida que fechou a jornada 31 da Liga Bwin
Corpo do artigo
Análise: "Sabíamos as dificuldades que íamos encontrar porque as diferenças são evidentes. A entrada muito forte do FC Porto, pressionante, não surpreendeu, nós também não fizemos o que nos competia no primeiro tempo. Exageramos na saída longa quando temos qualidade para atrair, segurar, jogar entrelinhas. Mas face à pressão e ao caudal do FC Porto fomos organizados defensivamente, acabamos por estancar e não permitimos muitas oportunidades. Pena foi o golo sofrido no fim da primeira parte, porque na segunda a história podia ser outra. No nosso único posicionamento defensivo incorreto aproveitaram, é de equipa grande. Na segunda parte fomos mais Arouca, como nos identificamos, mas o FC Porto em vantagem estava mais confortável, com jogadores rapidíssimos na frente. Não é fácil. Tentámos, com Arsénio de um lado, outro bem aberto na esquerda, mas o FC Porto foi competente a defender e não nos permitiu criar grandes situações de golo. Podíamos sair com outro resultado. Mas trabalhámos e tentámos, ninguém nos pode dizer o contrário."
Dores de crescimento: "É verdade, inconscientemente isso acontece. É óbvio. Há uma transição em que o Antony ganha a frente e trava. Pode forçar. Acontece. Faz parte do crescimento. Tem 20 anos ou 21, está a crescer. É o mecanismo de defesa que eles criam. Mas nada a apontar. Foram excecionais. Pena não tirar ponto nenhum, que era o nosso propósito."
Objetivos: "Enquanto treinadores, equipa técnica, quando treinamos um clube da dimensão do Arouca, temos de ter como uma das prioridades preparar os jogadores para saber perder também, e tem de saber lidar com essa frustração. É um trabalho desenvolvido de trás, não há frustração, há sim uma semana de trabalho para preparar o próximo jogo que vamos querer ganhar. É assim que chegamos onde chegamos e que vamos continuar."
Técnico com mais jogos pelo Arouca: "Acima de tudo, parece-me que houve uma empatia e química muito grande comigo, com a minha equipa técnica, pela pessoa do presidente Carlos Pinho, nem precisamos conversar para nos entendermos. Temos as mesmas ideias e sabemos o que queremos. Eu acreditei no projeto e as coisas encaixaram-se. Este número de jogos enche-me de orgulho. Dá-me prazer estar nesta vila. É um somatório que fez com que fosse possível chegar aqui."
16318046
16318419