Armando Evangelista: "Desejo sorte ao Francisco Moura, menos contra o Famalicão"
Declarações de Armando Evangelista na antevisão do Famalicão-Gil Vicente, partida da quinta jornada da I Liga
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Benefícios da paragem: "É sempre benéfico quando temos espaço para ter trabalhos e sessões de treino aquisitivas. Poderia ser mais se tivéssemos toda a gente aqui durante estas duas semanas. Perdemos 5 jogadores para as seleções, o que acaba por condicionar o que se pretende fazer. Mas por outro lado abre uma janela para vermos e darmos oportunidade de alguns jogadores dos sub-23 trabalharem connosco. São jogadores que fazem parte do clube, e olhamos para a equipa com uma perspetiva de futuro e de aproveitamento. Por outro lado, face ao último jogo que fizemos e alguma revolta que sentimos, um jogo logo de seguida, aproveitando aquela revolta, poderia ser benéfico."
Jogo com Gil Vicente: O jogo é mais um dérbi. E os adeptos vivem estes dérbis de forma diferente. E isso aumenta-nos a responsabilidade. Vai ser um bom jogo, o Gil tem uma boa equipa, que tem uma série de jogadores que jogam juntos há já alguns anos, é uma equipa com os princípios bem vincados. Vai ser difícil, com certeza. Vai ser ambiciosa a jogar em Famalicão mas é óbvio que queremos continuar a nossa caminha. E se esta época tivemos um início em que fizemos história, com três vitórias consecutivas. A verdade é que queremos voltar a ganhar. Este jogo vale três pontos e tudo iremos fazer dentro das dificuldades do próprio jogo para o vencer."
Balanço do mercado: "A saída do Moura está colmatada com a chegada do Rafa. Foi uma solução que nos deixou satisfeito até porque o Rafa não é um desconhecido para o futebol. É um jogador com muita experiência quer na I Liga mas também no estrangeiro. Desejo felicidades ao Moura, foi capitão, foi um elemento que sempre defendeu as cores do Famalicão com muito orgulho. Desejo sorte menos contra o Famalicão. "
Satisfeito com o que tem: "Não acredito que haja treinador que esteja satisfeito com o que tem. Quando alguém está satisfeito com o que tem, é uma pessoa acomodada. Não sou um treinador acomodado, quero sempre mais, exijo sempre mais. Estou satisfeito com os jogadores que cá temos, da forma como têm trabalhado, com a forma como têm evoluído e assimilado as ideias que temos transmitido."
Castigo tira-o do jogo: "Não vai ter reflexo nenhum. Até porque a preparação do jogo é feito durante a semana. Uma coisa é eu gostar de estar lá, querer estar ao pé dos meus jogadores. Para mim é importante, é o que gosto, é o lugar onde me sinto confortável estar. Mas a verdade é que tenho uma equipa técnica que confio plenamente."
Distinções: "É óbvio que por trás de uma distinção individual, está sempre um trabalho coletivo. Em relação a mim, não tem grande importância, embora seja agradável. Mas dou-lhe a importância que devo dar. Sei que para os jogadores é importante porque os moraliza. É óbvio que se tivermos boas prestações estas distinções vão repetir-se. O nosso objetivo é mesmo esse, é promover os nossos jogadores, toda a gente reparar no valor que eles têm, porque o crescimento do clube passa por aí. Passa pela massa adepta, passa pela valorização do que temos à disposição. Este tipo de distinções, é óbvio que é bom para o clube, moraliza os jogadores. Mas sempre focados no coletivo. Não somos jogadores de um desporto individual."
Jogadores que vieram das seleções: "Em termos físicos estão recuperados, alguns não estão a 100% porque mudaram algumas rotinas. Mas ainda temos uma janela de dois, três dias para eliminar isso mesmo."
A permanência de Riccieli: "O Riccieli, à imagem de muitos jogadores do Famalicão, é um jogador que é cobiçado. As coisas não se concretizaram e continua a ser integrado, continua a ser o nosso capitão, continua a ser um profissional que sempre foi. Sabendo nós que este tipo de situações mexe sempre com o psicológico, mas o Riccieli soube lidar bem com essa questão o melhor possível. Mas estamos cá por o continuar a apoiar. E estamos felizes que ele esteja cá."