Arguidos da divulgação de emails do Benfica optam pelo silêncio no início do julgamento
Os três arguidos do caso da divulgação dos emails do Benfica no Porto Canal remeteram-se, esta sexta-feira, ao silêncio no arranque do julgamento, com os advogados do Benfica a apontarem uma "narrativa" e a defesa a invocar o interesse público.
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No Juízo Central Criminal de Lisboa, o jornalista e ex-diretor do Porto Canal, Júlio Magalhães, o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, e o diretor de conteúdos do canal dos dragões, Diogo Faria, decidiram não prestar declarações iniciais.
As intervenções ficaram, assim, a cargo dos advogados, com Rui Patrício - em representação dos assistentes Benfica, Benfica SAD e Benfica Estádio - a referir que "os arguidos sabiam o que faziam, quiseram fazê-lo e montaram, para isso, uma estrutura e organização".
O advogado dos três arguidos, Nuno Brandão, criticou a acusação do Ministério Público, ao alegar que "os factos foram amalgamados na sua qualificação jurídica" e que o "julgamento nem devia ter lugar", uma vez que, no seu entender, estão em causa "factos que não são crime e assistentes que não são ofendidos".