Aquele Petit espinho cravado: favoritismo do Benfica tem esbarrado no treinador
O favoritismo do Benfica com os axadrezados tem tropeçado na evolução do treinador que empatou nos dois últimos encontros. No Bessa, vingou a Taça da Liga. A alcunha não ajuda, mas Petit (pequeno), 45 anos, não se conta entre os ex-futebolistas que, quando passam a treinadores, mudam o nome. E ele tem mudado e crescido, mas na qualidade do trabalho.
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O registo dos jogos entre o Boavista e o Benfica é claramente favorável ao emblema lisboeta - em 129 jogos, venceu 75, empatou 34 e perdeu 20 -, no entanto, as memórias recentes dos encontros com os axadrezados, no Bessa e com Petit no banco, inspiram calafrios.
O internacional português foi marcante no meio-campo dos emblemas que, amanhã, se defrontam na cidade do Porto, e na época passada empatou por duas vezes os encarnados, resultados que contrariam a tendência crónica para prevalecer a lei do mais forte, sem surpresa face ao currículo do agora treinador, que assumiu o choque do salto axadrezado do terceiro para o escalão principal e passou ainda pelo banco do Tondela e da B SAD, até conseguir o primeiro empate - o 1-1 em Leiria, na meia-final da Taça da Liga, teve sabor a sal, de lágrimas pelo sonho de estar na final ganha pelo Benfica nos penáltis.
No Bessa, já no campeonato, a equipa com o cunho de um treinador cuja evolução é clara e visível acima das limitações dos plantéis e das circunstâncias - venceu nas duas primeiras jornadas sem poder usar os reforços - impôs novo empate. Nesse 2-2, tal como na Taça da Liga, Petit viu o xadrez recuperar de uma situação de desvantagem no marcador e ficar perto da vitória.
Na penúltima passagem da águia pelo Bessa, foi Vasco Seabra quem brilhou na vitória por 3-0.
Defesa para baralhar
O regresso do lateral-esquerdo Hamache, bem como a disponibilidade dos centrais Robson Reis e Bruno Onyemaechi, permite a Petit mudar a defesa, depois da derrota (2-0) com o Casa Pia, com o primeiro a surgir como candidato ao onze. No ataque, as opções são menos: Yusupha, autor de dois dos três golos da época, recupera de cirurgia à fratura do malar direito.