Bruno Lage, treinador do Benfica, fez este sábado a antevisão ao clássico com o FC Porto, da 28.ª jornada da I Liga, que está agendado para as 20h30 de domingo, no Estádio do Dragão
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Espera que Anselmi volte a repetir o onze inicial, ou acredita que possa haver alguma mudança para contrariar alguma ameaça específica do Benfica? “Podem acontecer os dois cenários. É 50/50, pode partir de alguma estabilidade, uma vez que a equipa fez dois bons resultados. Como treinadores, fazemos a análise do jogo independentemente do resultado, há coisas que vamos vendo de outros jogos que são importantes para experimentar no jogo seguinte, independentemente do adversário, por isso pode haver uma alteração. Eventualmente não fazer a linha defensiva de três com o Eustáquio a terceiro central, pode acontecer, mas acredito que possa seguir a linha dos últimos três jogos.”
Pavlidis fez um bom jogo contra o FC Porto na primeira volta. Se o FC Porto não usar um central de raiz no meio do trio, pode ajudar o Pavlidis a repetir uma boa exibição? “No passado recente muitas equipas têm jogado assim. O Barcelona, a jogar connosco, defendeu assim, nos últimos cinco ou seis jogos, pelo menos três ou quatro equipas defenderam assim, com um médio no meio dos centrais para diminuir distâncias na linha defensiva, para que os laterais se possam projetar para baterem de frente com os nossos laterais, uma vez que nós jogamos com os nossos laterais muito projetados. Precisamos de ter essa capacidade, não passa apenas pelo Pavlidis, trazer uma boa exibição de um jogo disputado em novembro não faz muito sentido, faz sentido olhar para o que a equipa tem vindo a fazer quando o adversário joga com uma linha de cinco. A equipa tem sabido ter um bom comportamento ofensivo, tem percebido muito bem como o adversário se movimenta, e que tipo de movimentações podemos aproveitar. Não vamos olhar apenas para o que Pavlidis tem vindo a fazer, mas para o que a equipa faz quando enfrenta um adversário com esse posicionamento.”
Nos últimos 10 anos, o Benfica venceu duas vezes no Dragão, uma delas consigo no comando, em 2019. Consegue passar essa experiência ao plantel atual? “A mensagem mais importante que passei aos jogadores foi que apenas controlamos aquilo que se vai passar dentro das quatro linhas. Queremos estar o mais tranquilo quanto possível, pensar apenas na tarefa que temos de fazer, no lado estratégico, mas, acima de tudo, no potencial, na qualidade e no talento que temos, quer como equipa, quer em termos de individualidades. Vamos defrontar uma equipa com boas individualidades, mas nós também temos bons jogadores que, num momento de inspiração, podem resolver o jogo. Queremos manter o nosso registo, estamos juntos como uma família e jogamos como equipa, corremos uns pelos outros. Vamos amanhã, como tropa, para lutar por nós, queremos muito vencer o jogo.”