Depois de nove épocas em Itália, Nenê voltou a Portugal e ficou impressionado com o crescimento do futebol português. Sem data marcada para pendurar as botas, aprende para ser treinador.
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Melhor marcador da Liga Bwin em 2008/09, quando jogava no Nacional, Nenê fez a maior parte da carreira em Itália e regressou a Portugal em 2018.
Nenê, artilheiro da liga Bwin na época 2008/09, com 25 golos, continua a destroçar defesas e já leva dez remates certeiros
Continua com as pilhas carregadas. Como consegue manter-se nessa forma e até quando pensa jogar?
-É fruto de um trabalho que eu e a minha família desenvolvemos há muito. É preciso muita dedicação no trabalho diário, mas também uma boa alimentação e repouso. Penso jogar enquanto me derem essa oportunidade. Agradeço muito ao Vilafranquense por me ter aberto as portas para que, aos 38 anos, possa fazer o que mais gosto.
O que o levou a aceitar jogar no Vilafranquense?
-Vim pela equipa, pelos seus profissionais, e pelo projeto que me foi apresentado. Já tinha jogado contra a União e verificado as qualidades da equipa. Quando me fizeram a proposta não pensei duas vezes.
Tem dez golos marcados e uma assistência. Estabeleceu uma meta para esta temporada?
-O desafio era chegar ao mesmo número de golos da época passada, e isso está atingido. Quero ajudar a equipa, e se os golos aparecerem tanto melhor. Se conseguisse chegar aos 15 ficaria feliz.
Neste momento já joga só por prazer ou o dinheiro ainda é a motivação?
-O dinheiro motiva toda a gente, mas sinto muito prazer em jogar. Aos 38 anos, conseguir jogar ao alto nível a que tenho jogado é um prazer.
A Liga SABSEG é uma competição difícil?
-Sim, é um campeonato com várias equipas candidatas à subida. Os jogos são muito disputados, com grande equilíbrio. E isso acontece em jogos entre o primeiro e o último, porque todas as equipas jogam para ganhar.
Quando terminar a carreira pretende continuar ligado ao futebol ou o futuro está encaminhado noutro sentido?
-A minha ideia é ficar no mundo do futebol. Estou a acabar o curso UEFA B, que devo terminar em maio ou junho, com essa ideia.
Quando regressou a Portugal sentiu que o futebol português evoluiu?
-Sem dúvida, vi que evoluiu bastante, a nível técnico, tático e até em termos de estudos. Nessa altura não havia tanto a passagem de conhecimento, por exemplo, das equipas adversárias. Hoje tudo mudou.
Qual o melhor golo que marcou?
-Foi à Juventus, em 2009, na minha época de estreia no Cagliari, quando ganhámos 2-0. Ainda hoje, quando vou à Sardenha, todos me falam desse golo e dessa vitória.
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Luca Toni foi o melhor com quem jogou e Chiellini era um pesadelo
Durante as nove épocas passadas em Itália, com as camisolas do Cagliari, Hellas Verona, Spezia e Bari, Nenê conviveu com muitos craques. Dos que partilharam com ele o balneário, o brasileiro destaca Luca Toni. "Foi o melhor jogador que tive como companheiro de equipa. Jogava na minha posição e aos 38 anos foi o melhor marcador do campeonato italiano".
Quanto a adversários, o ponta-de-lança elege Chiellini, central da Juventus, como maior "pesadelo" em campo: "Era muito duro, muito difícil de enfrentar.
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