Linz, goleador dos guerreiros em 2007/08, rende-se ao “melhor presidente da carreira” e pede sucesso contra o Rapid de Viena, rival crónico do coração
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A viver no Dubai, Roland Linz é um austríaco afeiçoado a Portugal com gratas lembranças do Bessa e da Pedreira; foi matador no Boavista e no Braga. O antigo ponta-de-lança, de 43 anos, está atento à realidade dos minhotos e não esquece António Salvador, que classifica como “o melhor presidente” que conheceu, e será um adepto, mesmo à distância, do que o Braga possa fazer contra o Rapid, no debate de intenções pela fase regular da Liga Europa, que terá conclusão em Viena.
Os 16 golos em 2007/08, aos quais se somaram mais quatro na temporada seguinte, explicam a paixão de Linz pelo Braga, embora também a escolha de criança como adepto do Áustria de Viena, onde veio a jogar em duas etapas, assinando vistosos 80 golos, explique categoricamente por quem vai torcer nestes confrontos. “Não fico triste se o Braga passar”, atira ao primeiro contacto com O JOGO, pedindo a palavra para clarificar. “Posso dizer mesmo que apoio o Braga, porque, de facto, não gosto do Rapid. Mas aviso que vai ser difícil. Eles estão confiantes, começaram bem a época, o plantel é bom, sobretudo ofensivamente. É, talvez, o melhor período em vários anos que vivem. E contem com um ambiente espetacular em Viena. Vai estar casa cheia, cerca de 30 mil pessoas”, garante Linz, falando-nos, curiosamente, depois de um Boavista-Braga. “Portugal foi uma das melhores fases da minha vida, joguei em dois clubes com muita história, conheci pessoas fantásticas, grandes presidentes e muita gente do staff. Foi tudo incrível, o meu coração bate por ambos. Nesse jogo é que não tinha mesmo favorito!”, rebate.
Linz viaja pelo tempo como ondas puras de paixão e admira-se pelo crescimento dos arsenalistas. “Estou muito feliz pelo que fiz, especialmente no Braga, onde marquei muitos golos. Joguei na UEFA e fiz uma grande temporada. É um orgulho ver onde está o clube, sempre presente nas provas europeias e, por vezes, na Champions. Satisfeito também pelo presidente Salvador”, vinca Linz, consciente de que a força permanente dos guerreiros assenta muito no presidente. “Adoro-o. O que fez pelo clube e cidade foi fantástico. Vi a obra da cidade desportiva através do Instagram. O crescimento do Braga é magnífico, as condições de trabalho notáveis. Que satisfação ter jogado num clube assim e ter tido este presidente, o melhor da minha carreira! Digo sempre a amigos que ele é um pequeno Berlusconi, tem um dom especial para comandar. Lembro a conexão que tinha com os jogadores, vinha muitas vezes ao balneário e, mesmo sem falar inglês, tentava sempre comunicar comigo. Desejo tudo do melhor, espero que continuem assim”, recorda o austríaco, citando o parceiro ideal da época e meia no Minho. “Tínhamos um incrível balneário, adorava o Wender, que fazia ótimos cruzamentos e dava-me muitas assistências. Estava também o João Pinto, fabuloso, mas já mais vezes lesionado”, fecha.