António Salvador defende: atenção nos horários, sem play-off e redução de equipas
António Salvador explicou esta noite, numa entrevista no Canal 11, algumas das ideias que tem vindo a defender e que considera importantes para "mudar" o futebol português
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A reflexão: "Em maio fizemos uma reflexão onde juntámos todos os funcionários do Braga para refletirr sobre o que é o futebol português. Essa reflexão sobre o futebol português concluiu que que há coisas que têm que mudar. Pensamos que algo tem de mudar no futebol português. E aquela reflexão que fizemos foi nesse sentido: há coisas que têm de mudar, que é preciso reinventar. Os tempos são diferentes, mudam, há novas gerações, novos públicos; os custos continuam sempre a aumentar, de ano para ano, e as receitas mantêm-se, menos público no estádio."
Sustentabilidade: "É necessário voltar a trazer os nossos adeptos para os estádios: criar mais condições, melhores estádios e melhores horários de jogos. Essa é uma das grandes premissas para o futebol e a reestruturação dos campeonatos de que precisamos. Depois há a questão da competitividade e da sustentabilidade do futebol português. Neste momento é muito previsível o que acontece no campeonato português. Queremos um campeonato mais competitivo e mais equipas portuguesas a pontuar na Europa. Houve praticamente apenas quatro equipas nos últimos anos. Precisamos de estar todos juntos e unidos para isso possa ser uma verdade. "
A ideia da Alemanha: "O próprio Oliver Kahn, CEO do Bayern, um clube que ganha sempre o campeonato, disse que talvez fosse necessário um play-off para que a Bundesliga se tornasse mais competitiva. As propostas que fizemos não as tornamos públicas. Esta é uma alteração que tem de ser trabalhada e resolvida esta época para entrar em vigor em 2024-25. Este é um modelo que não serve o Braga, mas sim o futebol português. É preciso dizer isto. É um modelo para servir o futebol português."
Sem play-off: "Isto é um modelo para o futebol português e isso é importante ficar claro: independentemente de ser o Braga a apresentar essas propostas e estar na linha a alertar para o que é preciso alterar, é um modelo que é para o futebol português e não para servir o Braga. A terceira: já ouvi falar que existe um play-off, mas não há play-off. O que apresentámos é um modelo competitivo que premeia o mérito da regularidade na competição e no qual não há play-off. E também não há redução do número de equipas no campeonato, mantemos as 18. Essas são três premissas importantes para que se possa alterar a competitividade e a sustentabilidade"
Horários: "O Braga tem uma preferência para jogar ao domingo ao fim da tarde. Mesmo com o prejuízo de jogar com menos 72 horas quando às quintas-feiras jogamos nas competições europeias. Não queremos jogar a uma segunda-feira porque num dia de trabalho as pessoas não têm condições para ir aos estádios. É um modelo que já existe na Alemanha."
Centralização: #Sabemos que há uma centralização [de direitos televisivos] para ser feita e que até 2025 tem de se informar o Governo dos moldes da distribuição e entendemos que, com a centralização e o novo ciclo da UEFA, um novo quadro competitivo da I Liga, da II Liga e da própria Liga 3 deve entrar em funcionamento em conjunto, em 24/25, e para isso, até ao fim desta época, os quadros têm de ficar definidos. Cabe agora à FPF e à Liga, em conjunto, trabalhar com os clubes. Obviamente, há sempre ajustes a fazer e estamos cá para trabalhar todos. O que digo é: todos em prol do futebol, da competitividade, em prol dos adeptos, dos horários dos jogos - é um grande problema do futebol português."
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