Presidente do Vitória protege jogadores e ameaça sair no final da época, se não for atingido o 5.º lugar, de acesso europeu
Corpo do artigo
António Miguel Cardoso, presidente do Vitória, surgiu na sala de imprensa, com o intuito de proteger os jogadores depois de um desfecho complicado, que custou dois pontos, num encontro marcado pelo lançamento às feras de dois jovens da prata da casa. O líder dos conquistadores deu a cara pelo resultado e garantiu que se demitiria, caso a equipa não atinga o 5.º lugar no final da época, isto depois de ter visto os referidos atletas em lágrimas no balneário. "Esta administração entrou há quatro anos num clube falido e sem receitas. Tivemos capacidade em três anos de ir vencendo, sem dinheiro, fazendo recordes e com qualificações europeias e a melhor campanha de sempre na Europa. Mas sempre foi dito que era um projeto sustentado no futuro, no que vinha da formação", contextualizou o dirigente.
"Estamos a preparar jovens e temos uma equipa técnica a trabalhar em prol do Vitória. Queremos que eles continuem, foi um prazer ver o Gonçalo e o Miguel estrearem-se. Fizeram uma boa primeira parte. Temos a obrigação como associados de apoiá-los e de os deixar respirar. Estamos satisfeitos, o projeto é este e vamos continuar", disse, alargando, contudo, a visão a um final da época, em função de objetivos que sejam ou não atingidos.
"Vou trabalhar até final da época para ficarmos em 5.º lugar, estou convencido que vamos conseguir. Se não o alcançarmos, eu saio, não estou agarrado, só quero respirar e quero que estes miúdos que hoje estão a chorar, percebam que a cidade os apoia. Se correr mal, eu sou o primeiro a ir embora."