Tiago Ormonde juntou 53 assinaturas a apelar a Fernando Gomes, presidente da FPF, que o clube açoriano também suba à II Liga.
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A carta assinada e enviada pelo antigo presidente do Sport Clube Praiense, Tiago Ormonde, ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol apela à revisão da decisão de promover o Arouca e o Vizela à II Liga, deixando de fora o clube açoriano. A decisão da federação, recorde-se, recaiu nos clubes com mais pontos conquistados até ao momento da suspensão do Campeonato de Portugal, por força da pandemia de covid-19.
A referida carta reúne as assinaturas de 53 sócios, atuais e antigos dirigentes, treinadores, atletas e personalidades do Sport Clube Praiense. Tiago Ormonde, que é vereador do Desporto da Câmara Municipal da Praia da Vitória, aponta a injustiça na decisão da Federação Portuguesa de Futebol e os impactos que terá no Concelho.
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Eis alguns nomes que se juntaram a esta iniciativa: José Reis Rocha, sócio nº1, António Moniz, ex-jogador, Alvarino Pinheiro, ex-presidente da Assembleia Geral e ex-deputado da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Carlos Lima, ex-presidente da Direção e ex-presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Francisco Jorge da Silva Ferreira, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória e ainda por José Alberto da Silva Moniz (Calhoiço), antigo jogador do clube.
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"O Futebol é um dos setores económicos com mais impacto em comunidades como a nossa. O Município que abraça o Sport Club Praiense é de média dimensão e acarreta consigo todas as adversidades e custos acrescidos de uma insularidade. A instituição desportiva a que preside V. Ex.ª, pela responsabilidade que tem na organização das provas nacionais de futebol, não se pode demitir das suas obrigações sociais. Criar igualdade de oportunidades, de contribuir para a criação de emprego e consequentemente para os rendimentos das famílias e das empresas locais", escreve o primeiro signatário da carta.
"Fazemos-lhe um apelo. Ajude-nos a contar aos nossos filhos e netos uma bonita história, com um final feliz. Era uma vez o nosso Praiense, viviam-se tempos difíceis e atípicos, e um dia, a Direção da FPF, precipitadamente, injustamente e involuntariamente, tomou uma decisão que emergiu sentimentos de tristeza e revolta na nossa Praia da Vitória. Depois de uma época desportiva de investimento público e privado, esforço e sacrifício, de mérito desportivo, de repente, pela aplicação de um determinado critério, o Praiense ficou afastado da possibilidade de aceder aos campeonatos profissionais de futebol quando liderava a Serie C do Campeonato de Portugal, com 53 pontos. Era um sonho que ficava desfeito. Mas, contaremos nós, mais tarde, com ponderação, humildade e reconhecimento, a FPF primou pelo exemplo, repôs a justiça e devolveu o que era nosso por direito próprio e realizou o sonho dos Praienses. Nesse dia, vamos nós dizer, fez-se história, e sem mágoa ou rancor, espoletou-se alegria, gratidão e orgulho de ser-se Açoriano, da Praia da Vitória e dos "encarnados" da Praia".