Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez este sábado a antevisão ao clássico com o Benfica, da 28.ª jornada da I Liga, que está marcado para as 20h30 de domingo, no Estádio do Dragão
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Disse que em todos os jogos gostaria de ver uma melhoria. O que espera ver neste jogo com o Benfica, depois de na jornada anterior ter concedido muito pouco ao Estoril?
À medida que as equipas vão melhorando, essa margem vai apertando e as coisas para melhorar tornam-se muito finas. Acredito que ainda temos de melhorar muitas coisas, muitos detalhes. São coisas muito específicas em relação ao ataque ou à defesa. Na fase ofensiva, temos facetas a melhorar e, defensivamente, nas transições, também temos coisas a melhorar. Ainda assim, vejo uma equipa a crescer. Vejo jogadores que estão fazer as coisas cada vez melhor, que têm essa vontade de melhorar, de competir... Esta semana de trabalho foi maravilhosa para nós: foi de desfrutar, de treinar no máximo, de competir entre nós, de procurarmos ser melhores. Vejo um grupo num momento impressionante, valente e com muita vontade de competir e isso enche-me de orgulho, de vontade de me colocar atrás deles e empurrá-los até aos objetivos. Há sempre coisas para melhorar, mas, quando vejo que os jogadores o querem fazer, para nós, enquanto equipa técnica, é impagável.
Tem algum “Cavalo de Tróia” para o jogo com o Benfica?
Tem que ver com questões táticas. Cada adversário joga de uma maneira diferente, ataca de forma diferente e tem jogadores com perfis diferentes. Não é o mesmo pressionar uma defesa que tem um central esquerdino e outro destro e uma defesa com dois centrais destros. A partir daí, planificamos qual é a forma de defender e de pressionar. Temos diferentes saltos à pressão: quem a inicia, se um vai à bola o outro salta, quando um salta o outro ajusta para não deixar homens livres. Com o Estoril fomos mudando essa forma. Num momento começámos com Samu, depois mudámos para Samu e [Rodrigo] Mora, depois voltámos ao Samu – quando digo Samu, não era só ele, mas ele, Mora e Pepê. Depois fomos com dois, com Samu e Mora, e terminámos o jogo com Gul. O jogo vai mudando, a forma de atacar do adversário também e temos de ir ajustando as várias coisas que podem ir acontecendo. Mas a nossa essência é sempre a mesma: tentar recuperar a bola para a termos, porque gostamos de a ter. Agora, como a vamos recuperar, vemos o adversário e decidimos.