Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez a antevisão ao jogo com o Famalicão, da 30.ª jornada da I Liga, que está marcado para as 18h00 de sexta-feira, no Estádio do Dragão
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Como é que Rodrigo Mora tem encarado todo o ruído mediático em redor dele? "Neste mundo, o ruído é inevitável. Há diferentes tipos de ruído, que confundem mais uns do que outros. Há ruídos para coisas boas e há críticas, de coisas más. Um atleta de elite tem de saber conviver com o ruído. Faz parte, comigo também acontece e tenho de saber viver com isso. Ninguém nasce a saber como conviver com ruído, mas é inevitável e há que aprender. A partir daí, vejo como cada um vai assimilando os ruídos e o qual o seu comportamento. No Rodrigo, não vejo um miúdo que esteja a fazer as coisas de forma diferente. É o mesmo Rodrigo que conheci quando cheguei. Creio que não é necessária uma intervenção da minha parte. O meu trabalho é trabalhar com ele e protegê-lo. Sinto as coisas dessa forma e fiz isso com outros jogadores semelhantes a ele. O ruído também pode ir acrescentando. O importante é manter o equilíbrio e ter o foco em trabalhar. Quando tens o foco em trabalhar, todo o ruído desaparece. Quanto melhor trabalhas, mais ruído vais criar."
Que Rodrigo recebeu e que Rodrigo é este que tem agora? "Vejo um jogador com frescura, que tem muito por aprender, que tentamos que tenha contacto com a bola constantemente. Que possa treinar o posicionamento, saber onde aparecer. No Casa Pia, ele sabia que tinha de jogar nas costas dos médios, sabia que tinha de ter paciência para esperar e poder receber a bola. A criatividade que tem, a forma de resolver os problemas, a frescura... Isso é dele. Não temos intervenção nisso. O que espero do Rodrigo e dos outros companheiros é o compromisso coletivo. Ganhamos e perdemos todos, e é isso que tenho visto. Vejo um jogador que está a amadurecer, está a ganhar experiência e a encontrar o seu lugar dentro de campo."