Martín Anselmi, treinador do FC Porto, em antevisão ao jogo no terreno do Estrela da Amadora (sábado, 20h30), relativo à 31.ª jornada da I Liga
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O que espera deste Estrela da Amadora e da reta final do campeonato? "O Estrela é um equipa que estará comprometida até ao final, quer vencer, até porque há cada vez menos em disputa na I Liga. É um campo complicado e sabemos que vão querer a vitória em casa. Para nós, não muda o cenário. O importante é mostrarmos a nossa essência dentro de campo. São quatro finais para cumprirmos os objetivos."
Que impacto teve o episódio da noitada de alguns jogadores e respetivos castigos? "Antes de mais, gostaria de fazer uma reflexão sobre o tema. A pergunta é inevitável e o tema foi público. Nós, enquanto treinadores, pensamos neste tipo de episódios com diferentes linhas de reflexão, porque, como líder de um grupo, há que ter uma postura clara. Por um lado, o FC Porto, como qualquer instituição, tem um regulamento. Esse regulamento não foi cumprido e, a partir daí aplicam-se as multas correspondentes, consoante os níveis da falha ou do erro. Parece-me bem. As regras existem para serem cumpridas. E aí chego a outro ponto, um pouco mais longínquo. O regulamento tem a ver com as obrigações e responsabilidades. Os jogadores sabem que, às 10h30, têm sessão de vídeo, mas que regulamento me diz que o jogador está a prestar atenção e não com a cabeça noutro sítio? O regulamento não mede o compromisso. Quando falamos sobre compromisso, não é para comigo. É para com o FC Porto, para com a tarefa, a profissão, o lugar de privilégio que temos e para com os companheiros. A equipa é sempre o mais importante, para resumir isto. E já cheguei a dizer que, para fazer parte de uma equipa, temos de fazer coisas que não gostamos de fazer em prol da equipa. Mas também temos de deixar de fazer coisas de que gostamos para bem da equipa. Este tipo de episódios, que acontecem muitas vezes e que, neste caso, se tornou público, levam a que uma equipa tenha foco em tudo menos no rival do fim-de-semana. Por isso, este tipo de coisas prejudicam a equipa. Como líder, não me serve de nada o dinheiro das multas dos jogadores. Preciso do compromisso. Eu e todos os que estão no balneário. Todos os que fazemos o FC Porto, incluindo os adeptos. A confiança constrói-se e destrói-se. Há que aprender e melhorar. O meu papel como líder é saber o que tenho de fazer e recolocar o foco do grupo em ganhar este jogo. Este projeto e o FC Porto que queremos construir não aceita falta de compromisso. Queremos jogadores e pessoas com compromisso."
Confirma as ausências de Otávio e Tiago Djaló para este jogo? "Já falei sobre o tema. De resto, está tudo publicado sobre os castigos. Podem ler."