Declarações de Martín Anselmi, treinador do FC Porto, na antevisão ao jogo com o Al Ahly (2h00 de terça-feira, madrugada de São João), da terceira e última jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes
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Como viu as críticas do presidente André Villas-Boas? "Desde que cheguei a Portugal conheci um presidente que dedica o tempo completo ao FC Porto, está comprometido todo o dia, sem férias, feriados e horários. Nós também, o FC Porto é o mais importante que temos. É importante criticar-nos a nos próprios e temos claro o que não estamos a fazer bem e o que nos falta. Há que dar um murro na mesa, mas temos de saber que tipo de golpe que queremos dar, não é dar por dar. Trabalhamos todo o dia para dar esse murro na mesa na próxima temporada, mas o primeiro murro que temos de dar é amanhã. Neste clube, todo o staff sabe muito bem o que é o FC Porto e desejam reverter esta situação. Temos de dar uma alegria a nossa gente. Sem humildade para vermos o que está mal, também não vamos ter soluções e temos de ter a humildade de perceber que as coisas não estão bem."
Sente que o seu futuro no clube depende deste Mundial? "Futurologia...já me conhecem. Ao reconhecer que não estamos bem, também se reconheço se sou ou não capaz de fazer o meu trabalho. É difícil baterem-me nisso e verem-me rendido, gosto de desafios e de poder levar o FC Porto aonde todos queremos estar, pelo que me sinto muito tranquilo. Temos a consciência muito tranquila, damos muito pelo clube e somos muito exigentes para nos reunirmos durante horas e perceber o que está mal e tem de ser modificado para a próxima temporada. Também serei o primeiro a sentar-me e dizer que dei tudo e não consegui."