Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez a antevisão ao jogo no reduto do Rio Ave, marcado para as 20h45 de segunda-feira e relativo à 20.ª jornada da I Liga
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William está preparado para jogar? "O jogador, física e desportivamente está apto para jogar, porque o vinha a fazer [no São Paulo]. Com o decorrer das horas vamos perceber se está inscrito ou não para a estreia. O tema ainda não estava resolvido, mas creio que se possa resolver nas próximas horas. Se não, já estará a 100% para o próximo jogo."
Próximos jogos, com Rio Ave e Sporting: "A mensagem é igual. Temos um jogo primeiro, com o Rio Ave. Não podemos pensar no Sporting, porque nos afetaria no jogo com o Rio Ave. Temos de ir crescendo, há pouco tempo para treinar e dar ferramentas aos jogadores. Temos de dar a informação certa para os jogadores. Temos de ir corrigindo coisas com vídeos e com conversas individuais, para que cada um possa desenvolver-se. Mas há algo claro que não pode faltar, depende da atitude de cada um, que é competir. Estar focado no jogo, ação por ação e dar o máximo. Temos de competir e ganhar, empatar ou perder mas com atitute até ao final. O mercado não nos pode afetar. Temos de competir até ao último minuto."
Que razões o levaram a escolher Eustáquio no meio dos centrais em detrimento de Varela? "A posição de líbero, não a imaginamos apenas no plano defensivo. Ou seja, consideramos que o jogo é defensivo e ofensivo e que é uma função que é preciso cumprir no jogo, tanto para defender como para atacar. Já o vão percebendo, mas em muitas partes e em muitas ações do jogo, esse central pelo meio – é assim, certo, porque se fosse meio central seria metade de um central [risos] –, muitas vezes transforma-se em médio. Então, há que entrar e sair dessa posição segundo me pede o jogo. Vimos no Stephen [Eustáquio] um jogador muito dinâmico, que pode repetir constantemente esta missão e receber no espaço quando tem de entrar. Depois, vemos dinâmica nele para realizar movimentações entre na largura do campo e velocidade para cubrir os espaços. Não digo que o Alan [Varela] não o tenha, mas também o vemos como médio-centro e não o queríamos perder nesse papel, porque o vemos como alguém que precisamos para jogar. Eustáquio também o pode fazer. Se virem, no jogo com o Maccabi, os dois estavam como médio-centro e estamos a construir com dois. E haverão ações em que veremos o Alan [Varela] a construir a três e o Stephen [Eustáquio] à frente, porque o jogo é dinâmico. Posso até exemplificar com uma ação: se a bola está no central direito, joga com o lateral, o Alan [Varela] está como médio-centro, e o jogo roda rapidamente para o outro lado, o Alan, que estava mais próximo da bola no início, não consegue ir ao outro lado e então o Stephen [Eustáquio] passa a ser médio-centro e o Alan [Varela] líbero, porque estão mais perto da ação. Isso requer interpretação. Não há um jogador fixo a uma posição. Depois, no aspeto defensivo, os dois podem fazê-lo."