"Ano e meio depois vemos as primeiras consequências judiciais, com esta acusação"
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, esteve esta noite no Porto Canal para comentar a decisão do dia relativamente ao processo E-Toupeira.
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Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, decidiu esta sexta-feira não levar a julgamento a SAD do Benfica, por nenhum dos 30 crimes pelos quais estava acusada, mas o antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves será julgado por corrupção. À noite, a reação do FC Porto chegou pela voz de Francisco J. Marques no Porto Canal.
Um pormenor: "Há uma coisa que fica muito clara: todas estas coisas aconteceram mesmo. Não deixa de ser curioso que houve 203 acessos para consulta ao caso dos emails. Isso mostra a preocupação que existia por parte de Paulo Gonçalves, que pediu ao José Augusto Silva para aceder e passar informação. Podemos dizer que isso acontecer até com algum benefício do Benfica. A Dr. Juíza não deu muita importância a isso, terá tido uma atitude bastante conservadora, mas, mesmo assim, chegou à conclusão que ambos deveriam ser julgados por corrupção."
Ponto de chegada desconhecido: "O ponto do partida terá sido quando se começou a perceber a extensão de todo o esquema que o Benfica tinha montado em seu benefício, que aconteceu em junho de 2017. Ano e meio depois vemos as primeiras consequências judiciais, com esta acusação. Este caso E-Toupeira só surge porque existem os outros. Caso contrário, nunca teria sido descoberto que o Benfica tinha capacidade para consultar processos através de funcionários judiciais que estavam ao seu serviço ou do Paulo Gonçalves, porque não sei qual será a terminologia adequada. O ponto de chegada não sabemos qual será, mas parece-me evidente que há muito caminho por fazer".
Outras investigações: "Há muitas investigações que, essas sim são verdadeiramente relevantes, como é o caso dos emails, o caso dos jogos combinados, aquele célebre branqueamento ou lavagem de dinheiro... Esses são os que nos preocupam mais, porque têm que ver com um domínio irregular que se procurou ter do futebol em Portugal.