André Villas-Boas: "Temos falado com a Câmara do Porto para construir um pavilhão na cidade"
FC Porto já tem condições para financiar-se a ele próprio na construção do Centro de Alto Rendimento, em Gaia. André Villas-Boas revela que suspensão dos PDM’s e queda do Governo atrasou processo, mas o PIP está em vias de ser aprovado
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Como está o processo do Centro de Alto Rendimento? O FC Porto tem até ao final deste mês para comprar os terrenos. Vai fazê-lo?
- Inicialmente, não poderíamos projetar nenhum centro de treinos, pois não cumprimos relativamente à hasta pública do centro de treinos da Maia, por não termos capacidade financeira para avançar com esse projeto. Demos então início à continuação do nosso projeto do Centro de Alto Rendimento em Gaia, que nos parecia o melhor possível, porque tinha um custo bastante inferior ao do centro de treinos da Maia. Só pudemos avançar nesse processo mais tarde, já em novembro, quando concluímos as operações Ithaka e a Dragon Notes. A partir daí, começámos a desenvolver as conversas com a Câmara Municipal de Gaia no sentido de viabilizar o PIP [Pedido de Informação Prévia] para a construção do Centro de Alto Rendimento. Entretanto, foram suspensos todos os PDM’s das câmaras municipais por conta das alterações à lei dos solos e tudo isto gerou um atraso na aprovação do PIP e, infelizmente, a queda do Governo tornou tudo isto uma incógnita. Felizmente para nós, na relação que temos tido com o professor Eduardo Vítor Rodrigues, projetamos no final deste mês, finalmente, ter o PIP aprovado para procedermos à compra do terreno, passando depois à fase de licenciamento.
Quando ficará a obra concluída?
- Provavelmente, teremos dois anos de construção pela frente. Perdemos um ano, mas agora temos liquidez para poder proceder à compra, ou seja, o FC Porto encontra-se numa posição em que pode financiar ele próprio o centro de treinos sem ter que recorrer a um investidor. Um CAR faz falta ao FC Porto, que anda com a casa às costas há muitos anos.