André Villas-Boas e a situação na SAD do FC Porto: "Não podemos ficar reféns..."
Declarações de André Villas-Boas, presidente eleito do FC Porto, à chegada ao Estádio Municipal de Chaves, onde os dragões jogam na 32ª jornada da I Liga
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Sobre a situação na SAD do FC Porto: "Continuamos aqui num impasse relativamente à cooptação da nossa Administração. Isto, porque na Administração do FC Porto SAD, nenhum dos administradores quer renunciar ao seu posto e nós só entraremos na Administração da SAD por cooptação se tivermos direito total de executivo e de veto. Não acontecendo, não podemos estar a permitir-nos ficarmos reféns de uma comissão executiva que possa assinar e continuar a ditar atos de gestão com um dos membros nossos já dentro da Administração. Portanto, dessa forma, tínhamos ficado claros que não entraríamos, não tomaríamos qualquer posição. Ficámos surpreendidos pelo comunicado, porque não nos disseram nada relativamente a terça-feira, pelo que entendemos reagir e clarificar os associados que, enquanto não houver ou renúncia ou poder total executivo e de veto por parte do José Pedro Pereira da Costa, nenhum membro da nossa Administração entrará na Administração do FC Porto."
Importância de romper com o passado: "Não se trata de romper com o passado. Trata-se de acelerar o novo processo de vida do FC Porto, que já muito foi ditado pelos sócios e que aos quais não compreendem. Já todos tivemos maus exemplos do futebol português, onde SADs e clubes desportivos entraram em litígio. Evidentemente, isso não está em causa. Agora, é uma situação de uma vitória evidente, onde os sócios querem ver clarificada e nós só queremos entrar com plenos de poderes, porque só dessa forma é que começamos a implementar toda a nossa visão e todo o nosso projeto."
União do clube: "O FC Porto está unido. Estamos é num impasse jurídico, burocrático, que não se justifica, na minha opinião. Apela-se, sobretudo, à humildade das pessoas em renunciarem ao seu cargo. Aliás, porque os mesmos órgãos sociais da sociedade anónima desportiva já estão em gestão desde o dia 31/12/2023 e já anunciaram a sua saída, alguns deles, há muito tempo. Portanto, na nossa ótica, é uma falta de respeito para os fãs associados ao futebol português."