Olympiacos queria baixar o preço, mas, para ficar com o médio, terá de pagar os seis milhões de euros da cláusula de compra
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Emprestado ao Olympiacos no mercado de inverno, André Horta deve render ao Braga a entrada de seis milhões de euros. O clube grego está seriamente interessado na continuidade do médio e tencionava ter uma reunião com António Salvador para baixar o preço, mas o presidente da SAD bracarense não aceita.
Em destaque na equipa que venceu a Liga Conferência, o médio português deixou críticas a quem não acreditou nele, desconfiança que o levou a optar pelo empréstimo aos gregos do Olympiacos.
Na altura em que foi acordado o empréstimo à equipa então treinada por Carlos Carvalhal, ficou garantida a entrada no imediato de 200 mil euros e o Olympiacos assegurou a possibilidade de exercer a opção de compra do passe no final do empréstimo por seis milhões de euros. António Salvador aponta precisamente para essa cláusula e não abdica dela, fazendo valer os interesse dos arsenalistas, até porque o jogador tem contrato com a equipa minhota até 30 de junho de 2027.
Sem direito a descontos, tudo leva a crer que Evangelos Marinakis, dono do Olympiacos e investidor do Rio Ave, vai avançar para o pagamentos dos tais seis milhões de euros por um jogador que realizou uma excelente campanha e que contribuiu para a conquista da Liga Conferência, ajudando a fazer história, tendo em conta que foi a primeira prova europeia conquistada por um clube grego.
Depois de ter iniciado a época no Braga, onde foi titular em nove dos 25 jogos que disputou, André Horta jogou de início em 14 das 21 partidas que realizou com a camisola do
André Horta fechou a temporada com uma exibição de grande nível diante da Fiorentina. Apesar só ter entrado aos 78 minutos, a equipa passou a ter muito mais qualidade e foi mais perigosa, designadamente nas bolas paradas. No final do jogo, em declarações à Sport TV, deixou críticas a quem o deixou sair do Braga. “Agradeço a todos os que me apoiaram e ao clube incrível que me recebeu. Dedico também a quem, se calhar, não acreditou tanto em mim, porque foi isso também que me fez acabar por mudar e desfrutar desta vitória. E pode ser que agora acreditem um bocadinho mais”, atirou.
Críticas aparentemente direcionadas a Artur Jorge, até porque a relação entre ambos já tinha conhecido dias melhores na altura da saída. O médio perdeu espaço e, nos 25 jogos que fez pelo Braga, só foi titular em nove. O então treinador dos arsenalistas justificou a perda desse estatuto de titular com a quebra de rendimento do jogador e com a concorrência no plantel. “Cumpriu em muitos jogos, noutros não esteve tão bem, unicamente tivemos um aumento de competitividade interna com as chegadas de Zalazar e Vítor Carvalho. Essa circunstância fechou o espaço ao André”, justificou o agora técnico do Botafogo, em conferência de Imprensa realizada no passado dia 22 de janeiro, após a saída do médio.