André Claro leva três golos noutras tantas jornadas e também tem uma assistência. Clube lidera a Série B e o objetivo é devolvê-lo à Liga 3; O avançado, 32 anos, trocou o Valadares pelo S. João de Ver, projeto que o cativou pelo crescimento do clube. O facto de já ter trabalhado com Pedro Machado, o treinador, também pesou na decisão.
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Três jogos, outros tantos golos e uma assistência. É este o registo de André Claro neste arranque de campeonato pelo S. João de Ver, clube pelo qual assinou esta época depois de na anterior ter jogado pela primeira vez no Campeonato de Portugal, pelo Valadares, onde também deixou marca: dez golos em 26 jogos. "Este início está a superar as minhas expectativas, mas já tinha a ambição de começar bem. Não estabeleci a meta de ser o melhor marcador, mas é óbvio que gostava. Pode ser um objetivo a atingir", sublinha o avançado, de 32 anos, que lidera isolado a lista de melhores marcadores.
Admitindo a O JOGO que não está tão explosivo como no passado, o dianteiro não perdeu, porém, as outras qualidades. "Já joguei como extremo, mas fiz a diferença nas equipas que jogavam com dois avançados, principalmente quando se complementavam. Já não sou tão explosivo no um para um, mas tenho golo, entendimento do jogo e gosto de ter bola", descreve André Claro, que agora joga num esquema 3x5x2.
A nova etapa na carreira é ao serviço dos malapeiros e a explicação para a mudança é simples. "Achei o projeto interessante, primeiro porque estou perto de casa [é natural de Vila Nova de Gaia], que era um dos requisitos, e também porque é um clube experiente, que já passou pela Liga 3 e vinha em crescendo. Além disso, gosto das ideias do treinador [Pedro Machado], com quem já trabalhei no Leixões e no Vilafranquense, quando ele era adjunto", conta.
No comando da Série B, Claro não olha para o S. João de Ver como principal favorito à subida, apesar de esse ser o objetivo, pois há adversários a ter em conta. "Estamos a pensar jogo a jogo, o grande objetivo é voltar à Liga 3, mas sabemos da dificuldade desta série. Das quatro, é a mais forte e equilibrada. O Rebordosa continua com um grande plantel, o Amarante tem uma equipa fortíssima, o Paredes... Há muitas equipas que podem lutar por esse objetivo e não consigo apontar o favorito. O que posso dizer é que temos sido competentes", constata.
Marrocos e as saudades da I Liga
Com passagem pelas escolas do FC Porto, Claro teve no Union Touarga (Marrocos) a única experiência fora de Portugal. E foi curta, pouco mais de um mês, em 2022/23. "O clube não se identificou comigo e vice-versa, por isso acordámos rescindir", recorda, apontando a seguir os clubes da I Liga que mais o marcaram: "O V. Setúbal, porque tudo me correu muito bem e foi o trampolim; o Arouca, porque me deu a oportunidade de ser profissional; o Boavista foi especial pelo clube que é; e o Estoril apareceu talvez no meu auge."