André André: o regresso aos treinos, o jogar à porta fechada e conselhos a André Almeida
Médio do Vitória falou em videoconferência.
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Regresso ao trabalho: "Estes treinos estão a correr bem, sempre com a máxima segurança. Apesar de trabalharmos individualmente, tem dado para conversar com os companheiros, guardando as devidas distâncias. Voltámos a sentir a relva, as chuteiras e a bola. É um cheirinho daquilo que tanto gostamos".
A parte que falta: "Treinamos com grande motivação, mas sempre sozinhos. É diferente. Estamos habituados, desde miúdos, a trabalhar em grupos. Custa um bocadinho, mas felizmente estamos de volta. Só não sabemos quanto tempo isto vai durar. Sabemos, porém, que aos bocadinhos vamos conquistar a parte que falta. Estamos ansiosos por treinar outra vez juntos e voltar a jogar".
Cansaço: "Cansa mais trabalhar sozinho do que em grupo. Faltam os contactos, a comunicação. Falta aquilo que é natural no futebol, que é um desporto coletivo. Custa estar assim, mas este é o primeiro passo para estarmos todos em conjunto daqui a umas semanas... talvez".
A realização de exames fez confusão? "Temos a noção de que isso acontece para o nosso bem. Há que saber lidar com isso".
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Estar de fora custou? "O pior já passou: ver o pessoal a treinar e eu a recuperar. Quando se verificou a paragem do campeonato, eu estava a jogar, mas não faz mal. Esta paragem é para todos e até dá para recuperar outros aspetos, o que não é possível quando se treina e joga num curto espaço de tempo. Estando bem em termos físicos e psicológicos, espero fazer um resto de temporada ao meu nível".
Meta: "O nosso objetivo é alcançar um lugar europeu. O campeonato parou, mas levávamos três vitórias consecutivas. Seria totalmente diferente se voltássemos com uma ou duas derrotas em cima. Os níveis de confiança mantêm-se lá em cima".
Jogar sem os adeptos nas bancadas contra o Sporting: "É sempre diferente quando jogamos no nosso estádio cheio, com os nossos adeptos. Só que essa realidade não será só para nós. Espero que os adeptos torçam por nós e nos deem força a partir das respetivas casas, de modo a somarmos mais uma vitória. Vai ser diferente".
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Jogar à porta fechada: "Joguei uma vez à porta fechada. Foi no meu primeiro ano ao serviço do V. Guimarães e foi tudo diferente. Mas será assim para todos. Os adeptos são o 12.º jogador do Vitória e, naturalmente, vai custar não poder contar com eles. Teremos de saber lidar com isso e tenho a certeza de que sairemos bem. Já pensamos nisso. Teremos de nos agarrar a outras coisas. Todos estão focados e unidos. Queremos alcançar o nosso objetivo e os níveis de motivação vão continuar no máximo. Não podem baixar".
Conselhos a André Almeida: "É um amigo e um jogador de muita qualidade. Quando conversamos, tento passar-lhe aquilo que me ensinaram. Num futuro próximo, estará num grande nível. Tem muita qualidade e capacidade e, acima de tudo, é um bom miúdo. Vai ser bom para o Vitória".