O Sporting venceu o Basaksehir por 3-1, na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, mas desperdiçou oportunidade única de resolver já a eliminatória, tal a superioridade que exerceu sobre o adversário.
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Luís Maximiano 7
Não relaxou com o distanciamento do jogo e quando foi chamado a intervir, aos 60" (!), correspondeu, negando o golo a Visca, com o pé. Além desse lance, praticamente só com o penálti (3-1) foi ameaçado.
Ristovski 7
Entrou de rompante no jogo, muito ativo no flanco e sempre com espaço para ir à linha e cruzar com perigo. Foi assim que assistiu Sporar no segundo golo dos leões. Defensivamente cumpriu, assinando um corte decisivo aos 30", de cabeça, ao segundo poste.
Coates 7
Abriu o marcador aproveitando um canto de Acuña ao qual ninguém correspondeu de cabeça ao primeiro poste, acabando por encostar quase de surpresa, de pé esquerdo, ao segundo. Teve interceções importantes aos 25" e aos 37" e foi sempre um esteio no eixo, ganhando todos os duelos, impondo-se no jogo aéreo e transmitindo segurança e serenidade à equipa.
Neto 5
Estava a fazer um bom jogo até cometer um penálti que resultou no 3-1 (76"), por entrada fora de tempo nas costas de Demba Ba, deixando com isso a eliminatória em aberto. Jogou simples, teve sempre linhas de passe limpas para não complicar nas saídas, e fez cortes imponentes e vistosos, com agressividade e energia nos carrinhos.
Acuña 6
De um canto da sua autoria, da direita, logo aos 3", nasceu o primeiro golo da equipa que a lançou para uma exibição segura e alegre. A fechar a primeira parte voltou a mostrar a sua visão e qualidade no passe longo ao deixar Sporar em situação de golo. Esteve sempre atento defensivamente, mas foi perdendo influência no ataque.
Battaglia 6
Bom posicionamento, boa leitura de jogo, a flanquear e a lançar colegas em profundidade com acerto. Foi um facilitador na circulação rápida de bola. Também pisou terrenos adiantados, aparecendo na área aos 15" para ficar à beira do golo. Fez soar o alarme com queixas fortes aos 23", após ter sido pisado no tornozelo direito, no tendão de Aquiles, mas não passou de um susto e voltou ao jogo.
Wendel 5
Teve algumas intervenções positivas, mas destoou do brilho dos colegas, menos envolvido nas jogadas vistosas. Sentiu, sobretudo no início, dificuldades no controlo de bola quando pressionado, mas foi levando a melhor com sorte nos ressaltos.
Bolasie 7
As coisas saíram-lhe bem, participou em inúmeros lances de perigo e chegou a entusiasmar-se com algum exibicionismo na parte final do jogo. Lançou Vietto no 3-0 e aos 84", em jogada individual a galgar metros desde a linha do meio-campo, disparou uma bomba de fora da área, à barra, que o fez levar as mãos à cabeça.
Jovane 7
Estreou-se a titular e mostrou visão a desmarcar colegas, num jogo dedicado às combinações e com apetência pelo remate (cheirou o golo aos 15"). No início da jogada do 3-0 brilhou com toque de calcanhar a deixar a defesa rival baralhada e ainda ameaçou Gunok.
Sporar 7
Finalmente o golo de verde e branco (o sexto na prova), com remate sem força, mas colocado. Dispôs de mais oportunidades e foi sempre um perigo à solta, contribuindo para abrir espaços e a criar desequilíbrios com tabelas.
Pedro Mendes 5
Lutador, foi aos duelos com tudo. Sem lances na área.
Doumbia 4
Entrou em ritmo lento, expectante e sem pedalada para as acelerações dos rivais, que atravessavam o seu melhor momento.
Plata 6
Entrou aos 89" e teve tempo de levantar duas vezes o estádio. Primeiro com drible que deu início a uma jogada de golo pela direita , e depois com uma diagonal concluída com remate de longe para boa defesa de Gunok.
A FIGURA
Vietto: 8 - Encarnou Bruno e foi o maestro da sinfonia
Silas pediu-lhe aceleração, apoio à construção e definição, e o criativo argentino acrescentou ainda garra na pressão alta e roubos de bola que geraram lances de golo. Demorou 20 minutos, contudo, a assumir a batuta da equipa, mas quando o fez, finalmente encarnou o papel de Bruno Fernandes que herdou recentemente, afinando a orquestra para uma sinfonia que deliciou Alvalade. E como o antigo capitão, organizou, assistiu (vários passes de morte não foram concretizados, mas houve ainda a abertura para Ristovski que antecede o segundo golo dos leões) e marcou o terceiro da equipa - ganhou a bola em duelo com Caiçara e depois de ajeitar o corpo, de pé direito, colocou a bola por cima do guarda-redes. E podia ter feito mais golos (foi, de resto, o leão mais rematador), não fossem as intervenções de Gunok aos 21" e 32". Com as mexidas táticas, passou alguns minutos encostado à esquerda, mas foi pelo corredor central e no apoio ao avançado que se destacou.