Ações decisivas (três golos e duas assistências) dos suplentes portistas não tiveram impacto no desfecho dos jogos. "Armas secretas" de Benfica e Sporting já amealharam seis pontos.
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Há um défice de rendimento dos jogadores do FC Porto lançados a partir do banco. E o problema não é de agora. O jogo com o Belenenses, que terminou com a segunda derrota do clube no campeonato, apenas o tornou mais evidente. Em 28 jornadas da I Liga, o melhor que os suplentes utilizados produziram foram três golos e duas assistências. Quase tudo em encontros que os dragões já se encontravam em vantagem ou que viriam a ganhar por uma margem mais ou menos folgada. Um produção preocupante para Sérgio Conceição, principalmente quando comparada à dos dois principais rivais. O do Benfica já rendeu seis golos e outras tantas assistências, ações que lhe permitiram amealhar seis pontos nos jogos com Feirense, Paços de Ferreira ou Chaves. O do Sporting, mesmo com estatísticas inferiores ao do vizinho da Segunda Circular - quatro golos e três passes para golo -, contribuiu para a conquista de igual número de pontos.
Face à eficácia revelada pelos jogadores que formam o onze-tipo do FC Porto, nomeadamente dos homens mais ofensivos, o pouco impacto do banco de suplentes raramente foi tema. Até há bem pouco tempo, Marega tinha protagonizado uma das exceções a este rendimento dos homens lançados do banco. Para a encontrar é preciso recuar até à... primeira jornada, quando deu vantagem aos azuis e brancos depois de substituir Soares. Curiosamente, os avançados foram os únicos portistas que marcaram nesta condição: o maliano frente ao Estoril (fez o 1-0 e o 3-0) e o brasileiro com o Chaves (assinou o 2-0). As duas assistências pertenceram a André André (3-0 de Aboubakar) e Hernâni (3-1 de Marega) e apenas serviram para avolumar os resultados com o Boavista e o Vitória de Guimarães, respetivamente. O problema começou a colocar-se nas últimas semanas, quando Paços de Ferreira e Belenenses aproveitaram algumas desatenções do FC Porto para saírem em vantagem para o intervalo. O treinador portista fez primeiras alterações, todas de cariz ofensivo (Otávio, Gonçalo ou Paulinho, por exemplo) e ainda na primeira quinzena de minutos do segundo tempo, mas o desfecho foi invariavelmente o mesmo: nulo.