Declarações de Rúben Amorim, treinador leonino, em antevisão ao Estoril-Sporting, partida relativa à quinta jornada da Liga Bwin e que está marcada para esta sexta-feira, às 21h15.
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Momento da equipa: "Para mim é simples. O que me custa mesmo é perder jogos. Olhar para a tabela, olhar para outras equipas... Há três lugares que nos ajuda... Já tive a situação com o Mathieu, com o Slimani. Sempre com jogadores importantes para os adeptos. Volto a dizer. Tenho um trabalho para fazer e o que interessa é ganhar jogos. Ao contrário do que disse, tenho memória longa e já vi muitos treinadores a passar por aqui. A única coisa é que durmo menos horas, porque a equipa sofre oito golos. Não ligo a nada disso dos adeptos. No futebol não existe razão. Também já fui adepto. Na minha cabeça acredito que podemos ganhar os jogos a seguir. Acordo um bocadinho mais angustiado. No dia em que for despedido, vai estar outro a sofrer isto. O Conceição já passou, o Jorge Jesus passou. Só quero ganhar ao Estoril e tudo ficará um bocadinho melhor."
Arthur Gomes: "Não vou comentar jogadores. É do Estoril. Temos o nosso grupo. Principalmente num dia antes do jogo contra eles. De mercado, é esperar mais umas horas. Até foi bom para não ter de comentar isso [risos]. Não vai haver celeuma, espero que o Sporting ganhe, vai encontrar um Estoril cheio de miúdos talentosos, sem responsabilidade nenhuma, porque já estão três pontos à frente do Sporting e até podem ficar a seis. Vivo com naturalidade e temos de chegar aos sete pontos".
Problemas na defesa: Não estamos nesse momento e não vamos dar passos atrás. Não podemos deixar os rivais organizarem-se. São golos de bola parada e de transição. Voltámos a ter problemas nas bolas paradas e nas transições. Vamos jogar da mesma maneira, somos um clube grande. Houve jogos da primeira época em que tínhamos de jogar melhor. Queremos dominar, queremos manter a nossa matriz. Contra o Chaves, tivemos muitas oportunidades. Temos de marcar golos. Senti a ansiedade na equipa e no estádio e marcando ganhamos confiança. Os meus jogadores são os melhores do mundo. Tínhamos equipa para ganhar ao Chaves, também podíamos ter feito melhor no Dragão e podíamos ter ganho em Braga. Não é por falta de soluções. Alteramos muitas vezes as dinâmicas. Estando o Pote no meio ou o Morita lá. Vamos olhar para o Estoril e montar um onze que é o mais forte para ganhar".
Mais acompanhado pelo presidente? "Os sportinguistas têm sido corretos comigo. Estiveram sempre lá nos momentos difíceis. Tivemos enchentes e assim vai continuar. Os adeptos veem que cometemos erros e que precisamos de ajuda. Não gosto de apoio nestas fases, não preciso de apoio da Direção. É algo que a Direção deve fazer quando entende. Estou confortável, posso ganhar tempo, mas tenho é de ganhar jogos e sinto sempre que posso sempre ganhar jogos, logo estou sempre bem acompanhado pelos meus jogadores.
Posição de Pedro Gonçalves? Gostei bastante da primeira parte. Apareceu sempre para rematar. Desapareceu do jogo na segunda parte. Alguma frustração. A equipa não reagiu bem ao primeiro golo. Sofremos o golo e perdemos logo a bola sem pressão. Não podemos olhar para um jogo, o Pote fez toda a carreira ali. Fico contente por ter várias opções. Já tentámos no treino e é impossível substituir o Matheus. O Pote pode jogar nas costas dum Paulinho mais central. Pode dar-nos outras soluções. Em princípio, o Pote vai variar de jogo para jogo porque temos dois jogos por semana quase até ao Mundial. É impossível ter sempre o mesmo onze".