Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na antevisão ao jogo com o V. Guimarães, marcado para as 20h15 de segunda-feira.
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A temporada: "Obviamente, tem sido uma época muito difícil. Foi mais uma desilusão [na Liga Europa], não só pela eliminação, como também pela forma como jogámos. Os jogadores estão desiludidos, mas isto dura dois dias. O futuro está aí. Temos de planear, não só acabar esta época, como também o futuro e honrar a camisola que vestimos. Temos ainda seis jogos para vencer. Não muda nada. Os jogadores têm uma tarefa para cumprir durante o jogo, a bola vai estar num sítio, há pressão para fazer. Estou tranquilo, porque sabem jogar muito bem o nosso jogo, e vão demonstrá-lo mais uma vez."
Futuro: "O meu futuro é muito claro. O que disse é que quem tiver de me levar, vai ter de pagar. Isso não vai mudar. Agora, temos de ver que, desde que estamos aqui, o primeiro ano foi bom, fomos campeões, o segundo foi escasso. Ganhámos dois títulos e ficámos em segundo. Se, agora, ficarmos de fora dos três primeiros e eu levar a coisa como se fosse banal, perdemos a coerência. No futebol, há uma ideia. Depois, há os resultados, e temos de reagir de acordo com os resultados. Não mudou a minha ideia. O que disse, simplesmente, foi que o Sporting está a caminhar para uma época em que não atinge os objetivos mínimos. Isso tem de ser debatido no final da época. Não mudou nada. Os objetivos não foram atingidos, não ganhámos nenhum título. Uma equipa grande como a nossa não pode chegar ao fim do campeonato e não estar nos três primeiros, e nós passar por isso como se nada fosse. É preciso ter noção, e eu tenho, do que é o relacionamento dos adeptos dos grandes, o que vai ser a próxima época, a margem que vamos ter. Tudo isso tem de ser debatido sem dramas."
Necessidade de fazer um balanço: "O que quero dizer é que, no final da época, temos de fazer um balanço. Temos de nos sentar e ver o que falhou. Isso não muda nada na vontade de o treinador querer ficar. No fim da época, de acordo com os objetivos que não foram alcançados, faremos o balanço, até para passar uma mensagem aos adeptos de que não estamos aqui a andar por andar. Todos nós vamos ter de assumir as responsabilidades, e eu sou a cara do projeto desportivo, por isso, não posso fugir. Até me sentiria envergonhado se não tivesse essa conversa com a direção e com o presidente, sem dramas, como nas empresas em que não se atingem os objetivos."
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