Foi dos últimos reforços a chegar, jogou uns minutos no Dragão, e prepara-se para a plateia do D. Afonso Henriques
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Qualquer pesquisa que se faça sobre Alioune Ndoye, pescado este verão no Servette, traz quase sempre atrelado o nome Lampard. E o dia da apresentação do avançado em Guimarães não foi diferente. Keyan Varela, médio luso-suíço que foi companheiro do senegalês, assinalou nas redes sociais a chegada a Portugal da mesma forma: uns corações e, de novo, o intrigante “Lampard” do costume.
A pergunta passou a ser ainda mais óbvia: mas, afinal, porquê? Não havia, nem há, sinais de que o raio de ação futebolístico de Ndoye pisasse áreas semelhantes às que o antigo craque do Chelsea, entre outros, percorria. Esse batismo surgiu cedo, quando o avançado procurava afinar a identidade futebolística. Ainda sem amarras na área, com liberdade para fugir a espartilhos táticos, a força que mostrava em campo, traduzida numa capacidade de arranque poderosa, conduziu à nova identidade, que colou. “Ndoyes” há muitos no Senegal, mas Ndoye Lampard, que se saiba, passou a haver só um.
A pontaria afinada que o inglês sempre mostrou, como médio todo-o-terreno, daria muito jeito ao atual V. Guimarães, ansioso por corrigir contra o Estoril o desaire do Dragão, onde o senegalês jogou cerca de 15 minutos. Nos treinos, tem confirmado essas credenciais de poderio físico e habilidade que o D. Afonso Henriques está ansioso por comprovar. E se gritarem por Lampard, Alioune Ndoye vai sentir-se em casa.