É a primeira mulher a liderar um clube do principal escalão português.
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Alexandrina Cruz, candidata única, foi este sábado eleita presidente do Rio Ave, tornando-se, assim, a primeira mulher a liderar um clube no principal escalão em Portugal.
Segundo informou o clube vilacondense no site oficial, foi "batido o recorde de votantes registado em 2020, com os 1077 votos a superarem o anterior melhor registo de 665. Foram contabilizados 1006 votos a favor da Lista A, 60 votos em branco e 11 votos nulos."
Para lá da questão de género, há que dizer que esta estreia feminina não acontece propriamente do nada, contando que se trata de uma dirigente com uma vasta experiência no futebol, nomeadamente ao serviço do Rio Ave, o seu clube de coração. Natural da freguesia de Junqueira, Vila do Conde, Alexandrina Cruz é sócia do emblema verde e branco desde pequena e tem quase 20 anos de dirigismo, uma vez que entrou no Rio Ave em 2004, na presidência de Paulo de Carvalho, assumindo a função de tesoureira. Com António da Silva Campos na liderança da caravela, a partir de 2008, Alexandrina assumiu a vice-presidência para a área financeira, função que manteve até este sábado, estando, por isso, completamente por dentro da realidade atual dos rioavistas.
Licenciada em Gestão na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a presidente, de 46 anos, que trabalha ainda no departamento administrativo e financeiro da Câmara Municipal de Vila do Conde, tem como maior bandeira a criação de uma SAD (em vez da atual SDUQ), a solução que avança para contornar os problemas financeiros, abater o passivo e tentar colocar o Rio Ave num patamar mais elevado.
Refira-se, ainda, que Alexandrina Cruz é companheira de Miguel Ribeiro, antigo diretor geral do Rio Ave e atual presidente da SAD do Famalicão, algo que, segundo a própria já admitiu no lançamento da candidatura ao emblema vila-condense, não trará conflitos de interesse entre a vida pessoal e profissional.
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