Confira o discurso do filho de Jorge Nuno Pinto da Costa no 30.º Congresso da ANDIF
Corpo do artigo
Na abertura do 30.º Congresso da ANDIF, que contou com discursos de Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Diamantino Gonçalves, presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Futebol, Futsal e Futebol de Praia (ANDIF), discursou Alexandre Pinto da Costa. O filho de Jorge Nuno Pinto da Costa, nascido a 28 de dezembro e falecido a 15 de fevereiro deste ano, agradeceu a homenagem ao "maior dirigente da história do futebol".
“A todos os presentes, peço desculpa, pois estou um pouco emocionado ao ver estas imagens. É uma honra e um orgulho enorme ser herdeiro do apelido Pinto da Costa. Ser herdeiro do sangue dele. Trata-se somente do maior dirigente da história”, começou por dizer Alexandre Pinto da Costa, endereçando, logo a seguir, um pedido à comunicação social: “Interpretem bem as palavras que eu vou aqui dizer. Não as retirem do contexto. Jorge Nuno Pinto da Costa, por muito que custe a alguns, foi o maior dirigente da história do futebol mundial. Para além de ter elevado o nome do nosso clube, o FC Porto, a níveis planetários, conseguiu feitos que eram inimagináveis. A sua dimensão foi tão grande que, mesmo após a sua partida, ainda há quem, de uma forma deselegante, o tente ofender e denegrir a sua obra. Prometi ao meu pai honrar a sua obra e nome.”
Pentacampeonato
“Apenas posso dizer que, até para se ganhar, é preciso ter categoria. Se alguém ganhou um bicampeonato, como foi o caso do dirigente a quem me estou a referir, a quem dou os parabéns, relembro: esse feito, que ele acha de grandioso, Pinto da Costa atingiu cinco vezes. Além disso, conquistou tricampeonatos, tetracampeonatos e um pentacampeonato, um feito que nenhum presidente no futebol português atingiu.
"Há quem vença na PlayStation"
"Além disso, aquilo que alguns conseguem vencer na PlayStation, Pinto da Costa venceu mais do que uma vez a Liga dos Campeões, a Taça Intercontinental, a Liga Europa e vários troféus nas modalidades. Que o presidente Pinto da Costa seja lembrado pelo feito das nossas conquistas e que tenham respeito pelo maior dirigente do futebol mundial. Errou? Sim, errou, mas a obra que ele fez foi um milhão de vezes superior aos erros que cometeu.
Correção ao que declarou na Gala do "O Gaiense"
"Quando eu disse que o meu pai estava mal acompanhado nos últimos anos, na Gala do jornal "O Gaiense", recebi muitas palavras de agradecimento. Gostaria de fazer uma correção, pois falhei nessas declarações. O tempo vai-nos dando mais informações. Há algumas semanas disse que ele estava acompanhado, mas agora corrijo: estava pessimamente acompanhado. Volto a pedir que não destaquem a minha afirmação fora do contexto. Com uma doença que ele tinha, cometeria os mesmos erros, no final, que ele cometeu. Peço que nos concentremos na sua obra brilhante, nas suas características únicas, na sua memória sem fim, no seu humor característico e na sua aptidão para a dirigência. Vamos sabendo, cada vez mais, que, debilitado, tinha péssima gente ao lado dele que se aproveitou das suas debilidades. Foi um verdadeiro dragão pela forma heroica com que lutou pela vida durante anos. Lutou de forma heroica, é o maior dirigente de sempre. A todos que fizeram a homenagem, obrigado e boa sorte.”