Brasileiro tem uma taxa de acerto de 93%, com o único erro em 14 remates a surgir com o Schalke 04. Não há outro defesa no top 5 dos que foram chamados a marcar pelo menos dez grandes penalidades.
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Seja durante um jogo ou no recurso à derradeira fórmula de desempate nas provas a eliminar, não há outro jogador no FC Porto que dê mais garantias na marcação de uma grande penalidade do que Alex Telles. E não é de agora.
Esquerdino leva quatro golos da marca dos 11 metros esta época e é o portista mais eficaz desde 2010/11
É verdade que o lateral-esquerdo tem um aproveitamento de cem por cento esta época, depois de em Moreira de Cónegos ter marcado pela quarta vez noutras tentativas, mas este número apenas vem confirmá-lo como o portista mais eficaz de 2010/11 para cá.
O JOGO fez uma compilação de todos os marcadores de penáltis neste período, centrou o estudo nos que foram chamados a marcar pelo menos uma dezena e o internacional brasileiro apresenta uma taxa de acerto de 93 por cento, mais do que Hulk, Quaresma, André Silva ou Jackson Martínez.
Nuno Espírito Santo foi o primeiro treinador a atribuir a Alex Telles a responsabilidade de bater um penálti, num desempate com o Chaves, na Taça de Portugal (2016/17), mas foi Sérgio Conceição quem o elegeu como principal marcador da equipa. Ao todo, foram 14 remates das marca dos 11 metros desde que chegou ao Dragão e a história regista apenas um erro: foi na época passada, na deslocação dos portistas a Gelsenkirchen, para defrontar o Schalke 04 na Liga dos Campeões.
Conceição ainda experimentou outro marcador durante algum tempo depois desse lapso, dando a Otávio e a Marega a possibilidade de assumirem tal papel, mas acabou por regressar ao lateral. Só mesmo quando não o teve disponível é que voltou a confiar essa responsabilidade a outro elemento do plantel em 2018/19. Soares emergiu com uma excelente alternativa, pelo facto de ter festejado nas quatro tentativas de que dispôs, mas já esta época, em Chaves (Taça da Liga), foi Marega quem tentou... sem grande sucesso (só marcou na recarga).
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Alex Telles é mesmo o único defesa entre os jogadores que mais penáltis marcaram no período em análise - Hulk aparece no topo, com 23. Mas a posição, como o próprio lembrou há um ano, quando se estreou nos convocados do Brasil, pouco importa. "Os laterais também podem bater penáltis", disparou, sorridente, depois de ter sido questionado sobre o facto de ter sido o escolhido para cobrar a grande penalidade, contra a Roma, que qualificou o FC Porto para os quartos de final da Champions.
Soares é, entre as alternativas do plantel, quem tem maior taxa de eficácia (80%)
O segredo para não tremer na hora decisiva, segundo o próprio, está em dois aspetos: "Quando se sente confiança com o trabalho, tudo fica mais fácil", sustentou o portista. E a verdade é que já foram várias as vezes em que foi colocado na marca dos 11 metros com muito em jogo. Esta época aconteceu na deslocação ao Jamor, de onde o FC Portos saiu com um empate (1-1), e na anterior teve remates importantes/decisivos com Belenense (3-2) ou Braga (3-2).
Segundo da I Liga com mais penáltis marcados
As quatro grandes penalidades marcadas, frente a Gil Vicente, Paços de Ferreira, Belenenses e Moreirense, fazem de Alex Telles o segundo jogador com mais tentativas nesta edição do campeonato. Só Filipe Augusto, do Rio Ave, gozou de mais (cinco).
No entanto, a eficácia do médio brasileiro (60 por cento) é bastante inferior à do compatriota do FC Porto, que surge no lote de jogadores que ainda não falharam da marca dos 11 metros. Os outros são o benfiquista Pizzi, o sportinguista Bruno Fernandes, o vitoriano Tapsoba (todos com três), os maritimistas Maeda, Rodrigo Pinho e Getterson, os cónegos Steve Vitória e Nenê, os rio-avistas Taremi e Ronan, o boavisteiro Rafael Costa, o pacense Marco Baixinho e os portimonenses Possignolo e Rômulo.