Partida estava inicialmente agendada para o passado sábado, mas apenas foi disputada no dia seguinte.
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Foi divulgado esta quarta-feira o relatório do árbitro João Bento, que dirigiu o polémico jogo entre Santa Clara e Paços de Ferreira, da jornada 19 do campeonato. O mesmo confirma, tal como O JOGO noticiou na edição impressa, que o adiamento, de sábado para domingo, se deveu à falta de condições técnicas, tal como os responsáveis pacenses, que protestaram o jogo, sempre alegaram.
"Aquando da chegada da equipa de arbitragem às instalações do clube e após a verificação das condições do terreno de jogo foi detetado que o mesmo se encontrava com marcações pouco visíveis para a normal realização de um jogo de futebol. Foi comunicado aos delegados da liga e respetivas equipas que as linhas do terreno de jogo teriam de ser remarcadas, remarcação essa que não foi eficaz", surge escrito.
"Ficou definido na reunião preparatória do jogo pelos clubes que só iniciavam o aquecimento depois de as marcações estarem devidamente marcadas. Após nova marcação, e ainda dentro do tempo para a realização do jogo mas com a necessidade das equipas aquecerem, alterou-se o jogo para as 20h. Contudo, as marcações das linhas continuaram a não ter as condições mínimas para a realização do jogo", é explicado no relatório.
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"Foi efetuada uma nova reunião com todos os elementos responsáveis à realização do encontro, onde ficou acordado tentar marcar novamente o terreno de jogo com um novo produto, sendo que a intenção de todos seria a realização do jogo, o qual ficou remarcado para as 21h30, hora local. Já com o novo produto a ser marcado de forma manual, fomos alertados pelos delegados da liga que o produto que estava a ser colocado estava dentro de uma embalagem plástica contendo a seguinte informação; 'cal viva em pó, substância essa proibida para marcação do terreno de jogo", menciona ainda o documento.
Recorde-se que a Liga reagiu ao adiamento do encontro, ganho pelo Santa Clara por 2-1, garantindo que foram cumpridos os regulamentos. Segundo explicou a diretora executiva Helena Pires à Lusa, o clima, razão inicialmente alegada para o adiamento do encontro de sábado para domingo, acabou por afetar "efetivamente as marcações", que ficaram "menos visíveis, o que levou a que a equipa de arbitragem não tivesse validado o terreno de jogo".
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