Ainda o ataque à Academia: "Disseram 'não ganhem no domingo e estão f... connosco'"
João Reis, roupeiro do Sporting, testemunhou esta quarta-feira no Tribunal de Monsanto.
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João Reis, roupeiro do Sporting, foi mais uma testemunha no processo do ataque à Academia de Alcochete ouvida no Tribunal de Monsanto, esta quarta-feira. O funcionário leonino recordou a entrada dos invasores no balneário das instalações leoninas e as palavras ameaçadoras.
"Vi-os a chegar a correr. Deram logo com o cinto ao Dost, partiu-se e depois acertou-me. O William começou a dizer a um deles 'eu conheço-te eu conheço-te'. Fechei a porta da sala das botas, a porta para o exterior. Foi o [João] Rollin que me ligou para fechar. O Ricardo Gonçalves [chefe de segurança] meteu-se à frente deles e empurraram-no. Forçaram a porta do corredor para o balneário. Deram-lhe na cabeça, a fivela partiu e acertou-me no braço. Suponho que era só um com o cinto. Porque o que vi depois no balneário estava sem a fivela. 'Vocês são uma vergonha' e 'não ganhem domingo e estão f... connosco', disseram. Perguntaram onde estava o Acuña. Vi o Misic ser agredido também. E depois fui para o balneário. Fiquei no balneário e ainda apanhei coisas do chão. Vi duas tochas no balneário, Uma no corredor. E uma vi pelo vidro a atirarem para cima da Academia", relatou o roupeiro, que declarou que, após o ataque, o estado de espírito era de "raiva e com um sentimento de revolta", além de os profissionais do Sporting ficarem "tristes e assustados". João Reis referenciou também as alegadas palavras de Bruno de Carvalho na reunião com o staff, na véspera do ataque ao centro de treinos:
"'Amanhã, aconteça o que acontecer quero saber quem está comigo. Quem não está devia. Amanhã às 4 [da tarde] estamos na Academia' disse o presidente na reunião da véspera com o staff", acrescentou o roupeiro dos leões.
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