Administração leonina estuda mais ações de contestação ao trabalho da equipa de arbitragem do último clássico, frente ao FC Porto, algo que será definido por estes dias.
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A postura da SAD liderada por Frederico Varandas perante os casos de arbitragem que, no entendimento da mesma, sejam prejudiciais à equipa principal comandada por Rúben Amorim, sabe O JOGO, vai ser cada vez mais dura, pelo menos em termos discursivos.
As declarações do próprio líder leonino no final do derradeiro clássico, após a arbitragem da equipa liderada pelo juiz Luís Godinho, foram apenas o primeiro sinal de uma estratégia que está para durar em Alvalade. Aliás, de acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, os responsáveis leoninos vão debater entre si, no início da presente semana, se tomam outro tipo de medidas perante o que se verificou no José Alvalade, anteontem, sábado, perante o FC Porto.
Em Alvalade há quem entenda que uma nova exposição ou reunião com o presidente do Conselho de Arbitragem, Fontelas Gomes, pode ser solicitada, isto face ao que entendem ser uma "dualidade de critérios constante" em comparação com os rivais, como deu conta o presidente do emblema verde e branco e o próprio treinador Rúben Amorim, mas também outros dirigentes sustentam que isso é algo que "não vale a pena", perante o que tem acontecido ao clube de forma sucessiva, isto reportando ao final da época passada, no desafio frente ao Moreirense, no passado dia 6 de julho, em Moreira de Cónegos, em que Coates foi agarrado dentro da grande área já perto do final do encontro, algo que poderia, em caso de marcação de grande penalidade, desfazer o nulo que se verificou no final do encontro - isto quando o Sporting lutava com o Braga pelo terceiro posto e entrada direta na fase de grupos da Liga Europa.
Em Alvalade há quem defende que seja efetuada uma nova exposição ou pedida uma reunião ao presidente do Conselho de Arbitragem, mas outra corrente, mais dura, diz que "não vale a pena"
Tiago Martins foi o árbitro desse encontro - tendo mantido a decisão depois de ter sido alertado pelo VAR Jorge Sousa -, e anteontem esteve na Cidade do Futebol, em Oeiras, como VAR, alertando Luís Godinho para o lance entre Zaidu e Pedro Gonçalves, em que foi assinalada a grande penalidade revertida, assim como o cartão vermelho para o lateral-esquerdo dos portistas, tal como, na perspetiva leonina, não atuou da mesma forma perante a entrada do mesmo jogador sobre Porro aos 20 minutos, a qual levou à exibição do cartão amarelo, perante a contestação dos da casa que pretendiam ver o cartão vermelho exibido pela entrada de sola sobre o tornozelo do lateral-direito espanhol.
Ora, perante isto, Frederico Varandas e seus pares prometem, pelo menos, menor contenção verbal para o que consideram ser um "denominador comum" de prejuízo das arbitragens face aos principais rivais, Benfica e FC Porto. "Se tivermos de gritar alto, gritamos bem alto", atirou o dirigente máximo após as críticas de Rúben Amorim, também ele visado em termos disciplinares no decurso do clássico.
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"O Sporting está triste porque perdeu dois pontos e acho que o futebol português também deve estar triste porque teima em não mudar. Já vi o lance [do penálti não assinalado por falta sobre Pedro Gonçalves] várias vezes. Este lance nunca seria revertido no Estádio do Dragão ou no Estádio da Luz. O árbitro vê um empurrão nas costas, assinala penálti e depois o VAR começa a analisar se há intensidade suficiente, se é dentro ou fora. O árbitro assinalou penálti. O VAR deve intervir num lance com um erro clamoroso. É subjetivo? É. Para mim, é penálti? É. O jogador está no ar, leva um encosto. Se é pouco ou grande, não sei. É o suficiente, é penálti. Foi marcado, em Alvalade é revertido. [...] Já nem falo da expulsão inerente da falta da grande penalidade. O Zaidu tem de ir para a rua com um pisão que é vermelho direto. [...] Não interessa se a pessoa foi apanhada em escutas ou se há processos judiciais. Interessa se tem poder, se ganhou ou se venceu. E aí, todos prestam vassalagem. O Sporting dá todo o apoio ao presidente da arbitragem, mas já disse que se os soldados não prestam, encostam-se", atirou Frederico Varandas.