Moreno Teixeira refez o flanco canhoto com Afonso Freitas e Nélson da Luz, dois ex-bês.
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Presenças habituais no banco de suplentes da equipa B há um ano (ganhariam expressão com o avançar da época 2021/22), Afonso Freitas e Nélson da Luz são rostos incontornáveis de um Vitória insuflado de confiança, redimensionado em 3X4X3 no plano tático e com um corredor esquerdo totalmente remodelado.
Decisivos no triunfo sobre o Paços de Ferreira, Afonso Freitas e Nélson da Luz agarraram os lugares anteriormente ocupados por Ogawa e Jota Silva. Há uma época, pertenciam a Rafa Soares e Rochinha.
Afonso Freitas ganhou a posição de lateral a Ogawa e Luz tornou-se aposta como extremo em vez de Jota Silva, que, tal como o internacional japonês, figurou entre os reforços mais sonante dos minhotos neste verão. O defesa emprestado pelo FC Tokyo e o ex-jogador do Casa Pia avançaram, de facto, como titulares para a nova época, mas os maus resultados deram que pensar e Moreno Teixeira achou por bem refundar a defesa (agora com três elementos) e, ao mesmo tempo, dar novas asas ao flanco canhoto.
Apostas de risco ou não, a verdade é que Afonso Freitas e Nélson da Luz combinaram bem frente ao Benfica e depois ainda se apresentaram num nível superior na visita ao Paços de Ferreira, com os dois a desenharem inclusivamente o lance do golo que valeria o triunfo por 0-1: Freitas lançou Luz e este acelerou em velocidade para um remate cruzado certeiro, depois de ter ultrapassado em drible, e velocidade, o central Ferigra. Viraram certezas em tempo recorde e não se trataram propriamente de tiros no escuro do treinador que sucedeu, à pressa, a Pepa em plena reta final da pré-época, na sequência de desentendimentos com a administração da sociedade desportiva.
"Muitos destes jogadores, ainda na época passada, estavam em divisões inferiores e eu continuo a ser visto como o treinador da equipa B"
Moreno conhece de cor e salteado todos os diamantes que foi polindo ao longo dos últimos anos na equipa secundária, sendo igualmente responsável pela afirmação dos centrais André Amaro e Ibrahima Bamba, outrora "escondidos" nos bês do clube. Isso mesmo foi, aliás, sublinhado pelo próprio na ressaca do desgaste triunfo sobre o Paços de Ferreira, num jogo em que os minhotos se viram em desvantagem numérica a partir do minuto 41: "Muitos destes jogadores, ainda na época passada, estavam em divisões inferiores e eu continuo a ser visto como o treinador da equipa B, por isso o caminho é longo".
Olhando para o passado recente do flanco esquerdo, semelhantes ressalvas fazem sentido: na época passada, Rafa Soares e Rochinha (e Edwards até janeiro) ainda por lá andavam. O primeiro está agora no PAOK; já o antigo capitão mudou-se para o Sporting.
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