Recintos com histórico de incidentes passam a ser obrigados a policiamento nos jogos.
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"Isto não é futebol", começou por dizer Arménio Pinho, presidente da Associação de Futebol de Aveiro (AFA), referindo-se aos incidentes de domingo, no Estádio Mário Duarte. O árbitro Leonardo Marques e o assistente Rui Coelho foram agredidos na saída para o intervalo e a segunda parte do Beira-Mar-Lamas... já não se realizou.
O dirigente considera que as críticas à arbitragem, "a política de comunicação de alguns clubes" e o "clima de impunidade do campeonato nacional" propiciam comportamentos menos corretos. Rui Neto Brandão, do Conselho de Disciplina da AFA, reconhece que "nas últimas semanas tem havido mais problemas", atribuindo isso à pressão de resultados dos clubes "que fizeram grandes investimentos".
Não é obrigatório o policiamento nos campeonatos distritais, apenas seguranças, a AFA implementou um regulamento onde se determina que uma equipa que tenha registos de incidentes passa a ter policiamento obrigatório para o resto da época.
Ainda assim, José António Pereira, líder do Conselho de Arbitragem da AFA, pede "medidas aos dirigentes" e tem "receio" da escassez de juízes para as próximas jornadas", até porque "este é um campeonato distrital que mete mais gente nos estádios do que os jogos da II Liga".
"Vamos continuar a exigir comportamentos corretos nos estádios. Não queremos continuar a abrir telejornais", vincou Arménio Pinho.